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"Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois vós entre as mulheres, e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora da nossa morte. Amém."

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quinta-feira, 28 de junho de 2012

Oração ao Coração Aberto de Jesus Cristo

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A devoção ao Coração de Jesus existe desde os primeiros tempos da Igreja, desde que se meditava no Lado e no Coração abertos de Jesus, de onde saiu Sangue e água. Desse Coração nasceu a Igreja, e por este Coração foram abertas as portas do Céu.

Santo Agostino (Tract. in Joan. CXX, 2) chama a atenção para a expressão propositadamente escolhida pelo Evangelista para nos fazer conhecer a ferida feita pela lança no lado de Jesus, morto na Cruz. O escritor sagrado não diz que a lança «bateu» ou «feriu», mas sim que «abriu» o Lado do Salvador: Latus eius aperuit (Jo 19, 34). Era a Porta da Vida que se abria, diz o grande Doutor; do Coração aberto de Jesus iam correr sobre o mundo rios de graças que deviam santificar a Igreja. Esta contemplação dos benefícios de Jesus para conosco deve tornar-se a fonte da nossa devoção prática ao Sagrado Coração. O amor só se pode pagar com amor. De que se queixa Nosso Senhor a Santa Margarida-Maria Alacoque? De não ver retribuído o Seu amor: «Eis o coração que tanto amou os homens e deles só recebe ingratidão».

ORAÇÃO AO CORAÇÃO ABERTO DE JESUS CRISTO


Senhor, se Ele está aberto, esse Coração que eu traspassei, é para fazer manar uma torrente inesgotável de amor e de perdão.

No medo da Vossa Justiça, no tédio da minha consciência, no desprezo de mim mesmo, procurei nos flancos das montanhas o esconderijo secreto onde pudesse ocultar a minha vergonha e o meu terror.

Coração de Jesus, Coração aberto, Coração profundo, é no abismo das Vossas duas feridas, [a física e a espiritual,] que eu corro a me esconder.

Como o grão de areia atirado no oceano, eis que me perco no Vosso Sangue.

Ó Justiça severa! Não mais me procureis pois; a eterna Bondade no Seu seio me perdeu. 

Amém.

(2ª parte da obra “A subida do Calvário”, do Pe. Louis Perroy, SJ)

terça-feira, 26 de junho de 2012

Oração ao vestir o véu

Oração ao vestir o véu

Para que usemos os nossos véus com a disposição correta, segue abaixo uma oração linda que conheci através da Lisandra, cujo autor preferiu o anonimato.

Divino Espírito Santo, hóspede da minha alma, convencida de que a minha verdadeira vida está escondida com Cristo em Deus Pai, visto este véu na minha cabeça na esperança não de aparecer, mas de desaparecer, não para atrair a atenção sobre a minha pessoa mas, para esconder-me na imitação de Maria Santíssima.

Que todos olhem para Vós Deus Pai, Filho e Espírito Santo,

Amém.

(Um monge sacerdote)


Para baixar essa oração em formato PDF, clique AQUI.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

O Cordão de São José


 O CORDÃO DE SÃO JOSÉ 

Resolvi pesquisar (traduzir e organizar) informações acerca desta bela e piedosa devoção. Espero ter feito um trabalho esclarecedor e simples. Divulgue à vontade, está aqui a serviço de toda a gente católica. Reze por mim e minha família, se possível. Grata. GdA.

ORIGEM, FINALIDADE, MODO DE USAR E BENEFÍCIOS




Por Giulia d'Amore. 

clique para saber mais
A devoção ao Cordão de São José teve a sua origem na cidade de
Anvers, na Bélgica, em 1659, em consequência de uma cura milagrosa feita pelo uso deste precioso cinto. Nessa época vivia lá uma freira agostiniana de grande piedade, chamada Irmã Elizabeth, que vinha sofrendo há três anos com lancinantes dores ocasionadas por uma enfermidade cruel (mal das pedras - cálculo renal). Ela chegou a tal estágio que os médicos, não vendo nenhuma possibilidade de reverter o quadro, declararam sua morte como inevitável e iminente. Irmã Elizabeth se voltou para o Céu e tendo sempre sido particularmente dedicada a São José, ela pediu-lhe sua intercessão junto a Nosso Senhor por sua recuperação. Ela tinha um cordão abençoado por um Sacerdote em honra do santo e cingiu-se com ele. Alguns dias depois (10 de junho de 1659), quando rezava diante da imagem de São José, ela sentiu-se subitamente livre da dor. Aqueles que estavam familiarizados com a doença declararam sua recuperação milagrosa. Um ato de autenticidade foi elaborado por um notário público, e o médico, que era um protestante, concordou. O milagre foi registrado e publicado em Verona, na Igreja de São Nicolau, por ocasião dos piedosos exercícios do mês de São Paulo, e Roma, entre 1810-42. Durante o mês de março de 1842, a devoção ao Cordão veio a se tornar conhecida, causando grande repercussão e muitas pessoas enfermas cingiram-se com o cordão bento e experimentaram o valioso auxílio do Glorioso Patriarca, o Santíssimo José. 

Oração a São José para obter a conversão de um pecador

Oração a São José para obter a conversão de um pecador


 
Ó justo e glorioso São José, eu vos recomendo incessantemente a salvação da alma de N..., que Jesus resgatou à custa de seu precioso sangue. Vós sabeis, grande santo, quanto são infelizes aqueles que, tendo banido de seu coração ao divino Salvador, ficam expostos a perdê-lo por toda a eternidade. Não permitais, pois, que esta alma, que me é tão querida, fique por muito tempo separada de Jesus. Fazei-lhe conhecer os perigos que a ameaçam. Falai fortemente ao seu coração. Reconduzi este filho pródigo ao seio do melhor dos pais e não o deixeis, sem lhe terdes aberto as portas do céu, onde vos bendirá eternamente pela felicidade que lhe tiverdes procurado. Amém.

Fonte: Maná ou alimento da alma devota – orações e exercícios piedosos compilados por Frei Ambrósio Johanning. Petrópolis: Editora Vozes, 1950.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

A Semana do Bom Cristão

Uma ideia copiada de um blog mexicano Como ovelhas sem Pastor: uma "Semana do Bom Cristão" para imprimir e plastificar e levar sempre consigo. Que tal?

clique para ampliar e imprimir

Abaixo o texto, caso queira customizar do seu gosto:

A Semana do Bom Cristão


Segunda: dedicado às nossas irmãs as Benditas
Almas do Purgatório.

Terça: recomenda-te, de forma especial, hoje, ao teu
Santo Anjo da Guarda.

Quarta: pede o auxílio ao Glorioso São José, Nosso
Pai e Senhor. Imita sua castidade.

Quinta: Adora a Jesus Sacramentado, oculto na
Sagrada Hóstia; roga pelos sacerdote.

Sexta: consagra este dia ao Sacratíssimo Coração
de Jesus, o que mais te ama e a quem mais tu
deverias amar, o Amor nunca falha.

Sábado: venera e lembra sem cessar à Nossa
Senhora, a Puríssima Virgem Maria, Mãe de Deus.

Domingo: adora à Santíssima Trindade, Único e
Verdadeiro Deus.

Durante o dia, para manter a presença de Deus, repita frequentemente "Sagrado Coração de Jesus, em Vós confio". Quando o relógio der a hora, reza uma Ave Maria à Virgem e acrescenta esta jaculatória: "Coração de Maria, sede a salvação minha".

 

EU SEREI O ÚNICO AMOR DO TEU CORAÇÃO


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quinta-feira, 21 de junho de 2012

O Credo de Santo Atanasio

O Símbolo (ou Credo) Atanasiano (Quicumque vult) é um símbolo da fé que foi atribuído pela tradição cristã à Santo Atanásio (295-373), Arcebispo de Alexandria do Egito, contudo a teologia que transparece é a de Santo Ambrógio de Milão. O Símbolo Quicumque contém, em breves frases, a doutrina da fé na SS. Trindade e na Incarnação de Jesus Cristo, sobretudo visando combater o arianismo. Foi transmitido em grego e latim. Remonta ao século V ou VI, e é recitado no ofício da festa da SS. Trindade, desde o século IX, e no exorcismo contra o demônio. Na reforma de Pio X, se conservou o nome, por respeito à antiguidade do nome e em abono do “pai e regra da fé ortodoxa”, como os SS. Padres referiam-se a Santo Atanásio. (Piacenza, Regulaa, p. 134.) Por antonomásia, atanasiano é o mesmo que católico. Na liturgia da Igreja Católica Romana é recitado no ofício dominical de Prima. O Símbolo Atanasiano é uma Profissão de Fé, junto ao Símbolo (ou Credo) dos Apóstolos e ao Símbolo (ou Credo) Niceno-Constantinopolitano.



clique nas imagens para ampliá-las

 

CREDO DE SANTO ATANÁSIO


em latim:

Quicumque vult salvus esse, ante omnia opus est, ut teneat catholicam fidem: Quam nisi quisque integram inviolatamque servaverit, absque dubio in aeternum peribit. Fides autem catholica haec est: ut unum Deum in Trinitate, et Trinitatem in unitate veneremur. Neque confundentes personas, neque substantiam seperantes. Alia est enim persona Patris alia Filii, alia Spiritus Sancti: Sed Patris, et Fili, et Spiritus Sancti una est divinitas, aequalis gloria, coeterna maiestas. Qualis Pater, talis Filius, talis [et] Spiritus Sanctus. Increatus Pater, increatus Filius, increatus [et] Spiritus Sanctus. Immensus Pater, immensus Filius, immensus [et] Spiritus Sanctus. Aeternus Pater, aeternus Filius, aeternus [et] Spiritus Sanctus. Et tamen non tres aeterni, sed unus aeternus. Sicut non tres increati, nec tres immensi, sed unus increatus, et unus immensus. Similiter omnipotens Pater, omnipotens Filius, omnipotens [et] Spiritus Sanctus. Et tamen non tres omnipotentes, sed unus omnipotens. Ita Deus Pater, Deus Filius, Deus [et] Spiritus Sanctus. Et tamen non tres dii, sed unus est Deus. Ita Dominus Pater, Dominus Filius, Dominus [et] Spiritus Sanctus. Et tamen non tres Domini, sed unus [est] Dominus. Quia, sicut singillatim unamquamque personam Deum ac Dominum confiteri christiana veritate compelimur: Ita tres Deos aut [tres] Dominos dicere catholica religione prohibemur. Pater a nullo est factus: nec creatus, nec genitus. Filius a Patre solo est: non factus, nec creatus, sed genitus. Spiritus Sanctus a Patre et Filio: non factus, nec creatus, nec genitus, sed procedens. Unus ergo Pater, non tres Patres: unus Filius, non tres Filii: unus Spiritus Sanctus, non tres Spiritus Sancti. Et in hac Trinitate nihil prius aut posterius, nihil maius aut minus: Sed totae tres personae coaeternae sibi sunt et coaequales. Ita, ut per omnia, sicut iam supra dictum est, et unitas in Trinitate, et Trinitas in unitate veneranda sit. Qui vult ergo salvus esse, ita de Trinitate sentiat.

Sed necessarium est ad aeternam salutem, ut incarnationem quoque Domini nostri Iesu Christi fideliter credat. Est ergo fides recta ut credamus et confiteamur, quia Dominus noster Iesus Christus, Dei Filius, Deus [pariter] et homo est. Deus [est] ex substantia Patris ante saecula genitus: et homo est ex substantia matris in saeculo natus. Perfectus Deus, perfectus homo: ex anima rationali et humana carne subsistens. Aequalis Patri secundum divinitatem: minor Patre secundum humanitatem. Qui licet Deus sit et homo, non duo tamen, sed unus est Christus. Unus autem non conversione divinitatis in carnem, sed assumptione humanitatis in Deum. Unus omnino, non confusione substantiae, sed unitate personae. Nam sicut anima rationalis et caro unus est homo: ita Deus et homo unus est Christus. Qui passus est pro salute nostra: descendit ad inferos: tertia die resurrexit a mortuis. Ascendit ad [in] caelos, sedet ad dexteram [Dei] Patris [omnipotentis]. Inde venturus [est] judicare vivos et mortuos. Ad cujus adventum omnes homines resurgere habent cum corporibus suis; Et reddituri sunt de factis propriis rationem. Et qui bona egerunt, ibunt in vitam aeternam: qui vero mala, in ignem aeternum. Haec est fides catholica, quam nisi quisque fideliter firmiterque crediderit, salvus esse non poterit.

em português:

Quem quiser salvar-se deve antes de tudo professar a fé católica.
Porque aquele que não a professar, integral e inviolavelmente, perecerá sem dúvida por toda a eternidade.
A fé católica consiste em adorar um só Deus em três Pessoas, e três Pessoas em um só Deus.
Sem confundir as Pessoas nem separar a substância.
Porque uma só é a Pessoa do Pai, outra a do Filho, outra a do Espírito Santo.
Mas uma só é a divindade do Pai e do Filho e do Espírito Santo; igual a glória e co-eterna a majestade.
Tal qual é o Pai, tal é o Filho, tal é o Espírito Santo.
O Pai é incriado, o Filho é incriado, o Espírito Santo é incriado.
O Pai é imenso, o Filho é imenso, o Espírito Santo é imenso.
O Pai é eterno, o Filho é eterno, o Espírito Santo é eterno.
E, contudo, não são três eternos, mas um só eterno.
Assim como não são três incriados, nem três imensos, mas um só incriado e um só imenso.
Da mesma maneira, o Pai é onipotente, o Filho é onipotente, o Espírito Santo é onipotente.
E, contudo, não são três onipotentes, mas um só onipotente.
Assim o Pai é Deus, o Filho é Deus, o Espírito Santo é Deus.
E, contudo, não são três deuses, mas um só Deus.
Do mesmo modo, o Pai é Senhor, o Filho é Senhor, o Espírito Santo é Senhor.
E, contudo, não são três senhores, mas um só Senhor.
Porque, assim como a verdade cristã nos manda confessar que cada uma das Pessoas é Deus e Senhor, do mesmo modo a religião católica nos proíbe dizer que são três deuses ou senhores.
O Pai não foi feito, nem gerado, nem criado por ninguém.
O Filho procede do Pai; não foi feito, nem criado, mas gerado.
O Espírito Santo não foi feito, nem criado, nem gerado, mas procede do Pai e do Filho.
Não há, pois, senão um só Pai, e não três Pais; um só Filho, e não três Filhos; um só Espírito Santo, e não três Espíritos Santos.
E nesta Trindade não há nem mais antigo nem menos antigo, nem maior nem menor, mas as três Pessoas são co-eternas e iguais entre si.
De sorte que, como se disse acima, em tudo se deve adorar a unidade na Trindade, e a Trindade na unidade.
Quem, pois, quiser salvar-se deve pensar assim a respeito da Trindade.

Mas, para alcançar a salvação, é necessário ainda crer firmemente na Encarnação de Nosso Senhor Jesus Cristo.
A pureza da nossa fé consiste, pois, em crer ainda e confessar que Nosso Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, é Deus e homem.
É Deus, gerado na substância do Pai desde toda a eternidade; é homem porque nasceu, no tempo, da substância da sua Mãe.
Deus perfeito e homem perfeito, com alma racional e carne humana.
Igual ao Pai, segundo a divindade; menor que o Pai, segundo a humanidade.
E, embora seja Deus e homem, contudo não são dois, mas um só Cristo.
É um, não porque a divindade se tenha convertido em humanidade, mas porque Deus assumiu a humanidade.
Um, finalmente, não por confusão de substâncias, mas pela unidade da Pessoa.
Porque, assim como a alma racional e o corpo formam um só homem, assim também a divindade e a humanidade formam um só Cristo.
Ele sofreu a morte por nossa salvação, desceu aos infernos e ao terceiro dia ressuscitou dos mortos.
Subiu aos Céus e está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos.
E, quando vier, todos os homens ressuscitarão com os seus corpos, para prestar conta dos seus atos.
E os que tiverem praticado o bem irão para a vida eterna; e os maus, para o fogo eterno.
Esta é a fé católica, e quem não a professar fiel e firmemente não se poderá salvar.

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quarta-feira, 20 de junho de 2012

Castíssimo Coração de São José

Oração ao Castíssimo Coração de São José

Quarta-feira após a Festa do Sagrado Coração de Jesus 
Festa móvel

Ó Castíssimo Coração de São José, consagro-me totalmente a ti para que sejas minha luz e guia, minha fortaleza e amparo nas batalhas em que enfrentar contra as potências infernais.

Guardai-me, ó guarda providente da Sagrada Família, e fazei de mim humilde servo do Senhor.

Olhai pela Igreja, ó boníssimo São José, e protegei as famílias

Ó Coração Castíssimo de São José, rico em bondade, concede-nos a graça da santidade. Amém.


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terça-feira, 19 de junho de 2012

O poder da Ave Maria

Este texto foi encontrado na Net, é uma tradução que eu corrigi e adaptei, porque estava mal feita; em particular substituí a expressão "orar" por "rezar" porque devemos parar de querer agradar os protestantes, os quais não são nossos irmãos separados, mas hereges e perseguidores dos católicos. É um texto bonito e inspirador sobre

O PODER DA AVE MARIA 


Ave Maria, Gratia plena,
Dominus tecum.
Benedicta tu in mulieribus,
Et benedictus fructus Ventris tui, Jesu.
Sancta Maria, Mater Dei,
Ora pro nobis peccatoribus,
Nunc et in hora mortis nostrae.
Amen.

Ave Maria, cheia de graça,
O Senhor é convosco.
Bendita sois vós entre as mulheres,
E bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus.
Santa Maria, Mãe de Deus,
Rogai por nós, pecadores,
Agora e na hora da nossa morte.
Amém.
Milhões dos católicos rezam diariamente a Ave Maria. Mas muitos a recitam depressa, sem pensar muito nas palavras que estão dizendo. 

Este artigo poderá ajudá-lo a recitá-la mais meditativamente. 

- Ao rezar a Ave Maria pode-se dar grande alegria à Mãe de Deus e se obter as graças que Ela deseja.

- Uma Ave Maria bem rezada enche o coração de Nossa Senhora com alegria e nos concede grandes graças. Uma Ave Maria bem rezada nos dá mais graças do que mil rezadas sem reflexão.

- A Ave Maria é como uma mina de ouro da qual nós podemos extrair mais e mai, e nunca se esgota. 


É difícil rezar a Ave Maria? Tudo o que temos que fazer é saber seu valor e compreender seu significado.

- S. Jerônimo nos diz que “as verdades contidas na Ave Maria são tão sublimes, tão maravilhosas, que nenhum homem ou anjo poderiam compreendê-las inteiramente”.

- S. Tomás de Aquino, príncipe dos teólogos, “o mais sábio dos santos e o mais santo dos sábios", como o Papa Leão XIII o chamou, pregou a Ave Maria por 40 dias em Roma, enchendo os corações de êxtase.

- Pe. F. Suárez, o santo e erudito jesuita, declarou que ao morrer de boa vontade daria todos os livros que escreveu, todas as obras de sua vida, pelo mérito de uma só Ave Maria rezada devotamente.

- S. Matilde, que amava muito Nossa Senhora, certo dia estava se esforçando para compor uma bela oração em sua honra. Nossa Senhora apareceu-lhe, com as letras douradas em seu peito: “Ave Maria, cheia de graça”. Disse-lhe: “Desista, minha filha, de seu trabalho, pois nenhuma oração que talvez você pudesse compor dar-me-ia a alegria e o prazer da Ave Maria”. [E aqui nos perguntamos, então, qual a necessidade de "aperfeiçoar" o Terço acrescentando mistérios que a própria Nossa Senhora, quando nos entregou o Terço, prontinho e perfeito, não achou necessários: os "luminosos".]

- Um certo homem encontrou a alegria em rezar lentamente a Ave Maria. A bendita Virgem, em troca, apareceu-lhe sorrindo e anunciando-lhe o dia e hora de sua morte, concedendo-lhe uma santa e feliz. Depois de sua morte, um lírio branco cresceu em sua boca com escrito em suas pétalas: “Ave Maria.” [Fato não confimável.]

- Cesário descreve um incidente similar. Um santo e humilde monge viveu no monastério. Sua mente e memória estavam tão fracas que ele somente podia repetir uma oração, que era a Ave Maria. Depois de sua morte uma árvore cresceu sobre sua sepultura e em todas suas folhas estava escrito: “Ave Maria”.

Estas belas histórias nos mostram quantas devoções há para Nossa Senhora, e o poder atribuído à Ave Maria rezada devotamente. Cada vez que dizemos a Ave Maria repetimos as mesmas palavras com que o Arcanjo Gabriel saudou Maria no dia da Anunciação, quando Ela se tornou a Mãe do Filho de Deus. Muitas graças e alegrias encheram a alma de Maria naquele momento.

Quando rezamos a Ave Maria ofertamos novamente essas graças e alegrias a Nossa Senhora, e Ela as aceita com imenso prazer, e em troca, nos dá uma ação dessas alegrias.

Certa vez Nosso Senhor pediu a S. Francisco que lhe desse algo. O santo respondeu: "Querido Senhor, eu não posso Lhe dar nada que eu já não Lhe dei, todo meu amor". Jesus sorriu e disse: "Francisco, dê-Me tudo de novo e de novo, e irá dar-Me  o mesmo prazer".

Da mesma forma nossa querida Mãe aceita cada vez que rezamos a Ave Maria e recebe as alegrias e prazeres que Ela teve das palavras de S. Gabriel.

Deus Todo-poderoso deu a Sua Bendita Mãe toda a dignidade, grandeza e santidade necessárias para torná-la perfeita para ser Sua Mãe. Mas Ele também lhe deu toda a doçura, amor, brandura e afeto necessários para fazê-la também nossa querida Mãe. Maria é realmente a nossa Mãe.

E, assim como os filhos se dirigem às suas mães para pedir ajuda, da mesma forma deveríamos ir com a mesma confiança ilimitada a Maria.

S.Bernardo e muitos Santos disseram que nunca ouviram falar em qualquer tempo ou lugar que Maria se recusou a ouvir as orações de seus filhos na Terra.

Por que não percebemos estas consoladoras verdades? Por que recusar o amor e  consolação que a doce Mãe de Deus nos oferece?

É a nossa lamentável
ignorância que nos priva desta ajuda e consolação!

Amar e confiar em Maria é ser feliz, agora, na Terra e depois completamente feliz no Céu.  


O dr. Hugh Lammer foi um dedicado protestante, com forte ódio contra a Igreja Católica.  Um dia ele encontrou uma explicação da Ave Maria e começou a lê-la. Ele ficou tão encantado com ela que começou a rezá-la diariamente. Insensivelmente, toda a sua animosidade anti-católica começou a desaparecer. Ele se tornou um bom católico, um santo padre e um professor de Teologia Católica em Breslávia (Polônia) [Fato não confimável.]

Chamaram um sacerdote ao lado de cama de um homem que morria no desespero por causa dos seus pecados. O homem recusava-se confessar. Como um recurso último, o sacerdote pediu-lhe para rezar pelo menos a Ave Maria. Logo após, o pobre homem fez uma confissão sincera e morreu uma morte santa. 
[Fato não confimável.]

Na Inglaterra, pediram a um sacerdote da paróquia para ir ver uma senhora protestante que estava gravemente doente, e que desejava se tornar católica.  Perguntado-lhe se alguma vez ela já tinha ido à Igreja Católica ou se ela tinha falado com católicos ou se ela havia lido livros católicos, ela respondeu: "não". Tudo o que ela podia lembrar era que uma amiga lhe ensinara a Ave Maria, que ela rezava toda noite. Ela foi batizada e, antes de morrer, teve a felicidade de ver seu marido e filhos batizados.
[Fato não confimável.]

S. Gertrudes diz-nos, no seu livro "Revelações", que, quando nós agradecemos a Deus pelas as graças que Ele deu a qualquer Santo, tornamo-nos participantes daquelas determinadas graças. Que graças então não temos quando rezamos a Ave Maria agradecendo a Deus por todas as inexprimíveis graças que Ele deu a Sua Bendita Mãe?  

"Uma Ave Maria dita sem sensível fervor, mas com um puro desejo em um tempo de aridez, tem muito mais valor à minha vista do que um Rosário inteiro no meio das consolações". (Nossa Senhora a Ir. Benigna Consolata Ferrero)


"No fim, meu Coração Imaculado triunfará"

Vide também: As três Ave Marias



Maria saúda-nos com a Graça
se A saudarmos com a Ave-Maria.

São Bernardo (*)
 
Vide também: http://precantur.blogspot.com/2016/08/o-assunto-e-santo-rosario.html

*

segunda-feira, 18 de junho de 2012

A Imitação de Cristo e o Rosário

O Santo Rosário meditado segundo textos da Imitação de Cristo




Mistérios Gozosos

Primeiro mistério: Anunciação.
Convite à vida de união íntima com Nosso Senhor.

Livro I, Cap. I.
O Reino de Deus está dentro de vós. Aprende a desprezar as coisas exteriores, aplica-te às interiores e verás como vem a ti o Reino de Deus.
Cristo virá a ti , se... lhe preparares, no interior uma digna habitação.
Toda sua glória e formosura está no inteiro da alma e só aí ele se compraz.

domingo, 10 de junho de 2012

Devoções ao Sagrado Coração de Jesus na web

  


Devoções ao Sagrado Coração de Jesus

Junho é o mês do Sagrado Coração de Jesus, cuja FESTA ocorre na sexta-feira da semana seguinte à Festa do Corpus Christi. É, portanto, uma festa móvel: 


2017: 23 Jun
2018: 08 Jun
2019: 28 Jun
2020: 19 Jun


Há inúmeras devoções ao Sagrado Coração de Jesus Santíssimo. A piedade popular, nisso, é riquíssima. Vamos lhes indicar o trabalho de almas piedosas que publicaram em seus blogs e sites essas orações, pedindo-lhes que rezem por elas e por seu apostolado. Informe-nos, por caridade, se algum links não está funcionando.  

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Adoro-Te, devote!

CORPUS CHRISTI

EM 2015: 4 DE JUNHO

Sobre a Festa


Adoro-Te, devote! 

Adoração ao Santíssimo Sacramento


1.Adoro te devote, latens Deitas,
Quae sub his figúris vere látitas
Tíbi se cor méum tótum súbjicit
Quia te contémplans tótum déficit.

2.Vísus, táctus, gústus in te fállitur,
Sed audítu sólo tuto creditur
Credo quídquid díxit Dei Fílius
Nil hoc verbo veritátis vérius.

3.In crúce latébat sola Deitas,
At hic látet simul et humánitas
Ambo tamen crédens atque cónfitens,
Péto quod petívit látro paénitens.

4.Plagas, sicut Thomas, non intúeor
Déus tamen méum te confíteor
Fac me tíbi semper magis crédere,
In te spem habére, te dilígere.

5.O memoriále mórtis Dómini,
Pánis vívus vítam praéstans hómini,
Praésta méae ménti de te vívere,
Et te ílli semper dulce sápere.

6.Pie pellicáne Jésu Domine,
Me immundum munda túo sánguine,
Cújus una stílla sálvum fácere
Tótum múndum quit ab ómni scélere.

7.Jesu, quem velátum nunc aspício,
Oro fiat illud quod tam sítio
Ut te reveláta cérnens fácie,
Vísu sim beátus túae glóriae. Amem.
1.Eu vos adoro devotamente, ó Divindade escondida,
Que verdadeiramente oculta-se sob estas aparências,
A Vós, meu coração submete-se todo por inteiro,
Porque, vos contemplando, tudo desfalece.

2.A vista, o tato, o gosto falham com relação a Vós
Mas, somente em vos ouvir em tudo creio.
Creio em tudo aquilo que disse o Filho de Deus,
Nada mais verdadeiro que esta Palavra de Verdade.

3.Na cruz, estava oculta somente a vossa Divindade,
Mas aqui, oculta-se também a vossa Humanidade.
Eu, contudo, crendo e professando ambas,
Peço aquilo que pediu o ladrão arrependido.

4.Não vejo, como Tomé, as vossas chagas
Entretanto, vos confesso meu Senhor e meu Deus
Faça que eu sempre creia mais em Vós,
Em vós esperar e vos amar.

5.Ó memorial da morte do Senhor,
Pão vivo que dá vida aos homens,
Faça que minha alma viva de Vós,
E que à ela seja sempre doce este saber.

6.Senhor Jesus, bondoso pelicano,
Lava-me, eu que sou imundo, em teu sangue
Pois que uma única gota faz salvar
Todo o mundo e apagar todo pecado.

7.Ó Jesus, que velado agora vejo
Peço que se realize aquilo que tanto desejo
Que eu veja claramente vossa face revelada
Que eu seja feliz contemplando a vossa glória. Amem


(Composta por São Tomas de Aquino, a pedido do papa Urbano IV. 1263)

Concede-se indulgência parcial ao fiel que visitar o Santíssimo Sacramento para adorá-lo; se o fizer por meia hora ao menos, a indulgência será plenária.(Manual de Indulgências)
http://farfalline.blogspot.com/2013/05/a-festa-de-corpus-christi.html
clique para saber sobre a Festa de Corpus Christi

domingo, 3 de junho de 2012

Ladainha do Espírito Santo

Ladainha do Espírito Santo

Senhor, tende piedade de nós.
Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Divino Espírito Santo, ouvi-nos.
Espírito Paráclito, atendei-nos.
Deus Pai dos céus, tende piedade de nós.
Deus Filho, redentor do mundo tende piedade de nós.
Deus Espírito Santo, tende piedade de nós.
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós.
Espírito da verdade, tende piedade de nós.
Espírito da sabedoria, tende piedade de nós.
Espírito da inteligência, tende piedade de nós.
Espírito da fortaleza, tende piedade de nós.
Espírito da piedade, tende piedade de nós.
Espírito do bom conselho, tende piedade de nós.
Espírito da ciência, tende piedade de nós.
Espírito do santo temor, tende piedade de nós.
Espírito da caridade, tende piedade de nós.
Espírito da alegria, tende piedade de nós.
Espírito da paz, tende piedade de nós.
Espírito das virtudes, tende piedade de nós.
Espírito de toda a graça, tende piedade de nós.
Espírito da adoção dos filhos de Deus, tende piedade de nós.
Purificador das nossas almas, tende piedade de nós.
Santificador e guia da Igreja católica, tende piedade de nós.
Distribuidor dos bens celestes, tende piedade de nós.
Conhecedor dos pensamentos e das intenções do coração, tende piedade de nós.
Doçura dos que começam a vos servir, tende piedade de nós.
Coroa dos perfeitos, tende piedade de nós.
Alegria dos anjos, tende piedade de nós.
Luz dos patriarcas, tende piedade de nós.
Inspiração dos profetas, tende piedade de nós.
Palavra e sabedoria dos apóstolos, tende piedade de nós.
Vitória dos mártires, tende piedade de nós.
Ciência dos confessores, tende piedade de nós.
Pureza das virgens, tende piedade de nós.
Unção de todos os santos, tende piedade de nós.
Sede-nos propício, perdoai-nos, Senhor.
Sede-nos propício, atendei-nos, Senhor.
De todo o pecado, livrai-nos, Senhor.
De todas as tentações e ciladas do demônio, livrai-nos, Senhor.
De toda a presunção e desesperação, livrai-nos, Senhor.
Do ataque à verdade conhecida, livrai-nos, Senhor.
Da inveja da graça fraterna, livrai-nos, Senhor.
De toda a obstinação e impenitência, livrai-nos, Senhor.
De toda a negligência e tepidez do espírito, livrai-nos, Senhor.
De toda a impureza da mente e do corpo, livrai-nos, Senhor.
De todas as heresias e erros, livrai-nos, Senhor.
De todo o mau espírito, livrai-nos, Senhor.
Da morte má e eterna, livrai-nos, Senhor.
Pela vossa eterna procedência do Pai e do Filho, livrai-nos, Senhor.
Pela milagrosa conceição do Filho de Deus, livrai-nos, Senhor.
Pela vossa descida sobre Jesus Cristo batizado, livrai-nos, Senhor.
Pela vossa santa aparição na transfiguração do Senhor, livrai-nos, Senhor.
Pela vossa vinda sobre os discípulos do Senhor, livrai-nos, Senhor.
No dia do juízo, livrai-nos, Senhor.
Ainda que pecadores, nós vos rogamos, ouvi-nos.
Para que nos perdoeis, nós vos rogamos, ouvi-nos.
Para que vos digneis santificar todos os membros da Igreja, nós vos rogamos, ouvi-nos.
Para que vos digneis conceder-nos o dom da verdadeira piedade, devoção e oração, nós vos rogamos, ouvi-nos.
Para que vos digneis inspirar-nos sinceros afetos de misericórdia e de caridade, nós vos rogamos, ouvi-nos.
Para que vos digneis criar em nós um espírito novo e um coração puro, nós vos rogamos, ouvi-nos.
Para que vos digneis conceder-nos verdadeira paz e tranqüilidade do coração, nós vos rogamos, ouvi-nos.
Para que vos digneis fazer-nos dignos e fortes, para suportar as perseguições pela justiça, nós vos rogamos, ouvi-nos.
Para que vos digneis confirmar-nos em vossa graça, nós vos rogamos, ouvi-nos.
Para que vos digneis receber-nos no número dos vossos eleitos, nós vos rogamos, ouvi-nos.
Para que vos digneis ouvir-nos, nós vos rogamos, ouvi-nos.
Espírito de Deus, nós vos rogamos, ouvi-nos.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, enviai-nos o Espírito Santo.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, mandai-nos o Espírito prometido do Pai.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, dai-nos o Espírito bom.
Espírito Santo, ouvi-nos.
Espírito Consolador, atendei-nos.
V. Enviai o Vosso Espírito e tudo será criado.
R. E renovareis a face da terra.

Oremos:
Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, concedei-nos que no mesmo Espírito conheçamos o que é reto, e gozemos sempre as suas consolações. Por Cristo, Nosso Senhor. Amém.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Deus te salve, Gloriosa

Deus te Salve, Gloriosa Reina Maria
 

Deus te salve, Gloriosa

Cantiga em galego (Galícia - Espanha) atribuída a Afonso X.



Cantiga original

Deus te salve, Gloriosa,
reinha Maria,
lume dos santos fremosa
e dos ceos via.
 Salve-te, que concebiste
mui contra natura,
e pois teu padre pariste
e ficaste pura
virgem, e por en sobiste
sobre'la altura
dos ceos, porque quesiste
o que El queria.
       Deus te salve, groriosa
       reinha Maria,
       lume dos santos fremosa
       e dos ceos via.
Salve-te, que enchoíste
Deus gram sem mesura
em ti, e dele feziste
hom'e creatura:
esto foi porque houviste
gram sem e cordura
em creer quando oíste
sa messageria.
       Deus te salve, groriosa
       reinha Maria
       lume dos santos fremosa
       e dos ceos via.
 Salve-te Deus, ca nos diste,
em nossa figura,
o seu Filho, que trouxiste,
de gram fremosura,
e com El nos remiiste
da mui gram loucura
que fez Eva, e venciste
o que nos vencia.
       Deus te salve, groriosa
       reinha Maria,
       lume dos santos fremosa
       e dos ceos via.
Salve-te Deus, ca tolhiste
de nós gram tristura
u por teu filho frangiste
a cárcer escura
u íamos, e metiste
nos em gram folgura;
com quanto bem nos viíste,
quen'o contaria?
       Deus te salve, groriosa
       reinha Maria,
       lume dos santos fremosa
       e dos ceos via

Nota(s):
 
Esta é a única cantiga mariana que se acha ao mesmo tempo nos mss. afonsinos das CSM E 40, T -, U 30) e num cancioneiro de poesia profana (Be 467). (Na referência dos mss. que ofereço no título da cantiga (E 40, T -, U 30, Be 467), embora a ordem mais lógica em que deveriam aduzir-se as siglas dos mss. seja a alfabética, neste caso coloco no fim o ms. B  -que nessa ordem deveria ocupar o primeiro lugar-, dado o carácter excepcional da sua emergência na lista de cantigas marianas, a fim de que resulte mais clara a continuidade dos restantes mss.). A letra minúscula e que acompanha a sigla do ms. B indica um dos seis amanuenses renacentistas que, segundo Anna Ferrari, copiaram este cancioneiro para o humanista italiano Colocci, na primeira metade do século XVI, em Roma: Anna Ferrari denomina com as seis letras iniciais do alfabeto (a, b, c, d, e, f) cada um dos copistas que, de modo mais bem irregular, se vão turnando na transcrição dos textos desse cancioneiro B (Anna Ferrari, «Formazione e struttura del canzoniere portoghese della Biblioteca Nazionale di Lisboa (Cod. 10991: Colocci-Brancuti): Premesse codicologiche alla critica del testo (Materiali e note problematiche)», em: Arquivos do Centro Cultural Português (Paris) 14 (1979), pp. 27-142, mais várias folhas de lâminas fotográficas de textos).

Na tradição manuscrita desta cantiga 40 resulta curiosa a coincidência de dous factos: a presença  -excepcional, como fica dito-  em B e a falta do correspondente fólio em T; poderia haver alguma relação entre ambos os factos?

Trataram particularmente desta cantiga Francisco Fernandes Lopes, «Uma Cantiga de Santa Maria no cancioneiro de Colocci-Brancuti», em: Brotéria 46 (1948), pp. 733-739 (com especial atenção ao aspecto musical), e Silvio Pellegrini, «Le due laude alfonsine del canzoniere Colocci-Bracuti», em: [Vários], Romania: Scritti offerti a Francesco Piccolo nel suo LXX compleanno, Casa Editrice Armanni, Nápoles 1962, 538 pp., pp. 359-368, e concretamente sobre esta cantiga pp. 359-367 (infelizmente, para a edição do texto limita-se ao ms. B; o artigo foi reeditado na colectânea póstuma de estudos do mesmo Silvio Pellegrini, Varietà romanze a cura di G. E. Sansone, Adriatica Editrice, Bari 1977, 568 pp., pp. 9-19, sobre esta cant. pp. 9-17).
Por motivos que nos são desconhecidos, os apógrafos italianos transcrevem o texto de duas Cantigas de Santa Maria, esta de forma completa, a outra (de autenticidade duvidosa) de forma parcelar. Muito embora se incluam na obra galego-portuguesa de Afonso X, as Cantigas de Santa Maria, cantigas religiosas e não profanas, têm uma tradição manuscrita autónoma (ou seja, foram-nos transmitidas por códices próprios), pelo que a inclusão destas duas composições (ambas laudas, ou cantigas de louvor) nos cancioneiros profanos tem um caráter excecional, que está por explicar.

O autor: Afonso X, o Sábio


Afonso de Castela

O rei Afonso X de Castela, conhecido na historiografia como «o Sábio», nasceu em Toledo em 1221, e faleceu em Sevilha em 1284 com 63 anos de idade. Era filho de Fernando III o Santo (rei de Castela desde 1217, e também de Leão desde 1229-1230) e da sua mulher Beatriz de Suábia.

Já antes de ser rei desempenhou um papel de primeira linha nas conquistas, promovidas por seu pai, de territórios do sul peninsular ocupados pelos árabes (Múrcia em 1243, Jaém em 1246, Sevilha em 1248). Em 1246-47 penetrou em Portugal com a fracassada expedição militar de apoio ao deposto rei Sancho II.

À morte de seu pai em 1252, Afonso, com 31 anos, herdou dele, como filho primogénito, a coroa dos reinos de Leão e Castela (os quais, antes distintos durante longo tempo, ficaram definitivamente unidos em 1230). O reino de Leão, por sua vez, englobava dentro de si o que fora o antigo reino da Galiza, de fala portuguesa.

Afonso X foi rei durante 32 anos: desde 1252 a 1284. Algumas das suas composições poéticas, especialmente das Cantigas de Santa Maria, encerram abundantes referências de natureza biográfica (ou autobiográfica).

Da biografia de Afonso X há um aspecto, relativo à sua produção literária, que não está ainda suficientemente esclarecido: a saber, se a preferência pela língua portuguesa para a obra poética deve algo a uma estadia do futuro rei durante a infância em terras galegas. Em geral os biógrafos inclinam-se a admitir a possibilidade de que o príncipe Afonso se criasse na Galiza (talvez na comarca de Alhariz) durante algum tempo, como sabemos aconteceu com seu pai e com outros reis leoneses. Caso existisse, essa estadia deveria ter sido depois de que seu pai Fernando III passou a ser também rei de Leão (1230), quando a Galiza entrou a formar parte do seu reino. Nessa altura (1230) o príncipe Afonso (nascido em 1221) tinha 9 anos. A partir desse momento, pois, poderíamos talvez admitir alguma breve estadia na Galiza, não superior a um ano, mais ou menos; porém, mesmo isto resulta inseguro, e faltam dados históricos que confirmem o que é uma simples suposição indiciária.

Este capítulo biográfico tem importância também para alguns aspectos da língua usada pelo rei nos seus poemas, fonética e léxico especialmente. De resto, esse assunto liga-se também com outro problema, a que já foi feita alusão na apresentação geral da poesia trovadoresca: o do grau de intervenção pessoal do rei na redacção das suas obras literárias em geral, e, especialmemente, das poesias em língua portuguesa. É incerto em que medida o próprio Afonso X foi autor dessas composições, sobretudo das Cantigas de Santa Maria (com excepção talvez de umas poucas que aparecem redigidas em primeira pessoa pelo próprio rei, nas quais podemos supor que o seu papel como autor foi mais decisivo).

Afonso X foi –ademais de autor– promotor da poesia trovadoresca: a sua corte foi centro de acolhida de trovadores e jograis, especialmente de língua portuguesa, mas também de língua provençal.

Já se tem notado repetidamente que, apesar de usar a língua portuguesa para a sua obra poética, Afonso X não parece mostrar um afecto especial pela Galiza, o território dos seus reinos onde essa língua era nativa. Especialmente significativo pode ser que não tenha visitado a Galiza nem sequer uma vez nos 32 anos (1252-1284) que durou o seu reinado, feito insólito nos reis castelhano-leoneses (os quais não deixavam de acudir, alguma vez pelo menos, em peregrinação a Santiago de Compostela).


Obra poética: 42 cantigas profanas (cc. 452-494, 1531, 1636) e 420 CSM1.

1 As CSM som 420, nom 429, apesar de que assim pode parecer. A explicação do facto está em que há 9 cantigas repetidas no ms. por descuido dos autores/organizadores da colecção. Como os precedentes editores, optei por manter esses 9 números vazios, já que, em caso contrário, resultaria destruída a estuturação decenal que as CSM possuem.
 
 
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