OS 5 SALMOS DO
SANTÍSSIMO NOME DE MARIA
A prática da recitação dos cinco salmos já era conhecida no século XII; por exemplo, era caríssima ao beato beneditino Ioscio, monge de Saint-Bertin, na Francia, grande devoto da Virgem, cuja morte, em 1163, é acompanhada por um milagre: de sua testa saem cinco letras de ouro formando justamente o Nome de Maria. A prática alcança a máxima difusão e popularidade depois que, em 1683, o Papa Inocêncio XI torna universal para toda a Igreja a festa do Nome de Maria. Em testemunho do valor atribuído à invocação do Nome de Maria, Dante Alighieri coloca na boca de Buonconte di Montefeltro, encontrado inesperadamente no Purgatório, estas palavras, que dão a razão de sua salvação[14]:
Quivi perdei la vista, e la parola
Nel
nome di Maria finii, e quivi
A prática consiste em recitar os cinco salmos cujas letras iniciais correspondam às cinco letras de que se compõe o nome de Maria:
M: Magnificat (Luc. 46-55);
A: Ad Dominum cum tribularer clamavi (Sal. 119);
R: Retribue servo tuo (Sal. 118, 17-32);
I: Em convertendo (Sal. 125)
A: Ad te levavi animam meam (Sal. 122).
A recitação dos cinco salmos, com as antifonas respectivas foi indulgenciada pelo Pio VII[16] (1800-1823).
V. Ó Deus, vem e salva-me.
R. Senhor, vem logo em meu socorro.
Glória ao Pai...
Ant. Maria o Teu Nome é a glória de todas as Igrejas, a ti grandes coisas fez o Onipotente, e santo é o Teu Nome.
A minha alma glorifica o Senhor *
E o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador.
Porque pôs os olhos na humildade da sua Serva: *
De hoje em diante me chamarão bem aventurada todas
as gerações.
O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas: *
Santo é o seu nome.
A sua misericórdia se estende de geração em geração
*
Sobre aqueles que o temem.
Manifestou o poder do seu braço *
E dispersou os soberbos.
Derrubou os poderosos de seus tronos *
E exaltou os humildes.
Aos famintos encheu de bens *
E aos ricos despediu de mãos vazias.
Acolheu a Israel, seu servo, *
Lembrado da sua misericórdia,
Como tinha prometido a nossos pais, *
A Abraão e à sua descendência para sempre
Glória ao Pai...
Ant. Maria o Teu Nome é a glória de todas as Igrejas, a ti grandes coisas fez o Onipotente, e santo é o Teu Nome.
Ant. Do oriente ao poente se deve louvar o Nome do Senhor e de Maria sua Mãe.
Na minha angústia clamei ao SENHOR e ele me respondeu.
Senhor, livrai minha vida dos lábios mentirosos, da
língua traidora.
Que te deverei dar, como retribuir-te, língua
traidora?
Flechas agudas de um guerreiro, com brasas de
giesta.
Infeliz de mim! Sou estrangeiro em Mosoc, moro
entre as tendas de Cedar.
Morei demais com gente que detesta a paz.
Eu sou pela paz, mas quando falo em paz, eles só
querem guerra.
Glória ao Pai...
Ant. Do oriente ao poente se deve louvar o Nome do Senhor e de Maria sua Mãe.
Ant. Nas tribulações o Nome de Maria é o refugio para todos os que O invocam.
Sê bondoso com teu servo; faze que eu viva e observe tua palavra.
Abre-me os olhos para eu contemplar as maravilhas
de tua lei.
Sou estrangeiro sobre a terra, não escondas de mim
teus mandamentos.
Minha alma se consome desejando teus decretos o
tempo todo.
Ameaçaste os orgulhosos: maldito quem se desvia dos
teus preceitos.
Afasta de mim a vergonha e o desprezo porque
observei teus testemunhos.
Reúnem-se os poderosos, me caluniam, mas teu servo
medita teus estatutos.
Sim, teus testemunhos são minhas delícias meus
conselheiros são teus estatutos.
Estou prostrado no chão; dá-me vida conforme tua
palavra.
Eu te expus meus caminhos e me respondeste;
ensina-me teus estatutos.
Faze-me conhecer o caminho dos teus preceitos e
meditarei nos teus prodígios.
Ando curvado pela tristeza; levanta-me conforme tua
palavra.
Mantém longe de mim o caminho da mentira, dá-me o
dom da tua lei.
Escolhi o caminho da verdade, ponho ante meus olhos
tuas normas.
Aderi a teus testemunhos, SENHOR, não permitas que
eu seja confundido.
Correrei pelo caminho dos vossos mandamentos,
quando dilatareis meu coração.
Glória ao Pai...
Ant. Nas tribulações o Nome de Maria é o refugio para todos os que O invocam.
Ant. Admirável em toda a terra é o teu Nome, ó Maria.
Quando o SENHOR trouxe de volta os exilados de Sião, pensamos que era um sonho.
Então nossa boca transbordava de sorrisos e nossa
língua cantava de alegria.
Então se comentava entre os povos: “O SENHOR fez por
eles maravilhas”.
Maravilhas o SENHOR fez por nós, encheu-nos de
alegria.
Traze de volta, SENHOR, nossos exilados, como
torrentes que correm no Negueb.
Quem semeia entre lágrimas colherá com alegria.
Quando vai, vai chorando, levando a semente para
plantar;
mas quando volta, volta alegre, trazendo seus feixes.
Glória ao Pai...
Ant. Admirável em toda a terra é o teu Nome, ó Maria.
Ant. Os Céus anunciaram o nome de Maria e todos os povos viram a sua glória.
A ti ergo os meu olhos, a ti que habitas nos céus.
Eis, como os olhos dos servos à mão dos senhores deles;
como os olhos da escrava à mão de sua senhora,
assim os nossos olhos são voltados ao Senhor Nosso Deus,
para que tenha piedade de nós.
Piedade de nós, Senhor, piedade de nós,
já muito nos escarneceram,
nós estamos cheios dos escárnios dos festeiros, do desprezao dos soberbos.
Glória ao Pai...
Ant. Os Céus anunciaram o nome de Maria e todos os povos viram a sua glória.
V. Seja bendito o Nome da Virgem Maria.
R. Desde agora e nos séculos.
Oremos. Te rogamos, Deus Onipotente, para que os teus fieis, que se alegram pelo Nome e pela proteção da Santíssima Virgem Maria, graças à Sua piedosa intercessão, seja livrados de todos os males dobre a terra e mereçam alcanças as alegrias eternas no Céu. Por Cristo Nosso Senhor gnore. Assim seja.
Se buscas o Céu, alma,
Invoque o nome de Maria;
A quem invoca Maria
Abre as portas do Céu.
Ao nome de Maria os celestes
Se alegram, treme o inferno;
O céu, a terra, o mar,
E todo o mundo exulta.
O Senhor nos abençoe, nos preserve de todo mal e nos conduz à vida eterna. Amém.
Notas:
[14] N.Trª.: cfr. Emilio Campana, Maria no culto católico, vol. I, O culto de Maria em si e nas suas manifestações litúrgicas, Marietti, Torino-Roma 1933, pp. 240-241; e Rambaut Van Doren, voce Ioscio, in Bibliotheca sanctorum, Città Nuova, Roma 1966, vol. VII, col. 859.
[15] N.Trª.: “Da vista e fala ao ser desamparado, No suspiro final bradei — Maria! — E o corpo meu tombou, da alma deixado”. (Divina Comédia. Purgatório V, 100-102).
[16] N.Trª.: Wikipédia sobre o Papa Pio VII.
[15] N.Trª.: “Da vista e fala ao ser desamparado, No suspiro final bradei — Maria! — E o corpo meu tombou, da alma deixado”. (Divina Comédia. Purgatório V, 100-102).
[16] N.Trª.: Wikipédia sobre o Papa Pio VII.