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"Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois vós entre as mulheres, e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora da nossa morte. Amém."

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sexta-feira, 17 de setembro de 2021

Bater no peito ao rezar....

BATER NO PEITO


Há orações que nos pedem que batamos no peito em sinal de arrependimento ou penitência. Por exemplo, na Missa, no Confiteor, batemos três vezes no peito, dizendo: “mea culpa, mea culpa, mea máxima culpa”; ainda na Missa, no Agnus Dei, ao responder: “miserére nobis” e antes da Comunhão, quando dizemos: “Domine non sum dignus...”. Batemos no peito ainda quando, depois da Missa, na prece “Cor Sacratissimus”, dizemos mais uma vez: “Miserére nobis”. Mas não somente na Missa, também o fazemos quando rezamos as Ladainhas, que também têm uma parte em que dizemos: “Cordeiro de Deus que tirais os pecados do mundo...”, e, ao respondermos, “Perdoai-nos, Senhor”, “Ouvi-nos, Senhor” e “Tende piedade de nós”. 

Às vezes, se tem a dúvida sobre como bater no peito, qual a intensidade da batida e se deve necessariamente se fazer algum barulho, gestos largos... 

A resposta é simples, basta observar o Sacerdote no altar. Ele é silencioso, não se ouve batida alguma. De fato, não há necessidade de gestos exagerados – como já vi alhures – porque rezar é um diálogo com Deus: o que deve haver é sinceridade e contrição. O que Deus quer é um coração contrito (Salmo 51,19; Daniel 3,39; Isaías 57,15 e 66,2; etc.). Batidas firmes, mas não barulhentas. Não é hora para teatralidades. 

Giulia d'Amore

segunda-feira, 9 de julho de 2018

Modo de Fazer Oração Mental Segundo Santo Afonso

Modo de Fazer Oração Mental 

Segundo Santo Afonso


A meditação ou oração mental contém três partes: a preparação, a meditação e a conclusão.

I. Preparação.

Na Preparação, fazem-se três atos:

1º. Ato de Fé na presença de Deus, dizendo: "Meu Deus, eu creio que estais aqui presente e Vos adoro com todo o meu afeto".

2º. Ato de Humildade, por um breve ato de contrição: "Senhor, nesta hora deveria eu estar no inferno por causa dos meus pecados; de todo o coração me arrependo de Vos ter ofendido, ó Bondade infinita."

3º. Ato de Petição de luzes: "Meu Deus, pelo amor de Jesus e Maria, esclarecei-me nesta meditação, para que tire proveito dela".

Depois uma Ave-Maria à Santíssima Virgem, afim de que nos obtenha esta luz; e na mesma intenção um Gloria-Patri a São José, ao Anjo Custódio e ao nosso Santo Protetor.

Estes atos devem ser feitos com atenção, mas brevemente, depois do que se fará a Meditação.


II. Meditação.

Para a Meditação, sirvamo-nos sempre de um livro, ao menos no começo, parando nas passagens que mais impressão nos fazem. São Francisco de Sales diz que devemos imitar as abelhas, que se demoram numa flor enquanto acham mel e voam depois para outra.

Note-se, além disto, que são três os frutos da meditação: afetos, súplicas e resoluções; nisto é que consiste o proveito da oração mental. Assim, depois de haverdes meditado numa verdade eterna e Deus ter falado ao vosso coração, é mister que faleis a Deus:

1º. Pelos afetos, isto é, pelos atos de fé, agradecimento, adoração, louvor, humildade e, sobretudo, de amor e de contrição, que é também ato de amor. O amor é como que uma corrente de ouro que une a alma a Deus. Conforme Santo Tomás, todo o ato de amor nos merece mais um grau de glória eterna. Eis aqui exemplos de atos de amor: "Meu Deus, eu Vos amo sobre todas as coisas. – Eu Vos amo de todo o meu coração. – Fazei-me saber o que é de vosso agrado; quero fazer em tudo a vossa vontade. – Regozijo-me por serdes infinitamente feliz."

Para o ato de contrição, basta dizer: "Bondade infinita, pesa-me de Vos ter ofendido".

2º. Pelas súplicas, pedindo a Deus luzes, a humildade ou qualquer outra virtude, uma boa morte, a salvação eterna; mas principalmente o dom do seu santo amor e a santa perseverança, porque, no dizer de São Francisco de Sales, com o amor se alcançam todas as graças.

Se a nossa alma está em grande aridez, basta dizermos: "Meu Deus, socorrei-me. Senhor, tende compaixão de mim. Meu Jesus, misericórdia! – Ainda que nada mais fizéssemos, a oração seria excelente.

3º. Pelas resoluções. Antes de se terminar a oração, cumpre tomar alguma resolução, não geral, como,  por exemplo, evitar toda falta deliberada, de se dar todo a Deus, mas particular, como por exemplo evitar com mais cuidado tal defeito, em que se caía mais vezes, ou praticar melhor tal virtude e que a alma procurará exercer-se mais vezes: como seja, aturar o gênio de tal pessoa, obedecer mais exatamente a tal Superior ou à Regra, mortificar-se mais freqüentemente em tal ponto, etc. Nunca terminemos a nossa oração sem havermos formado uma resolução particular.


III Conclusão.

Enfim, a Conclusão da oração compõe-se de três atos:

1º. De agradecimento pelas luzes recebidas e de pedido de perdão das faltas cometidas no tempo da oração: "Senhor, eu Vos agradeço as luzes e os afetos que me destes nesta meditação e Vos peço perdão das faltas nela cometidas".

2º. De oferecimento das resoluções tomadas e de propósito de guardá-las fielmente: "Meu Deus, eu Vos ofereço as resoluções que com a vossa graça acabo de tomar e resolvido estou a executá-las, custe o que custar".

3º. De súplica, pedindo ao Pai Eterno, pelo amor de Jesus e de Maria, a graça de executá-las fielmente: "Meu Deus, pelos merecimentos de Jesus Cristo e pela intercessão de Maria Santíssima, dai-me a força de por fielmente em prática as resoluções que tomei".

Termina-se a oração recomendando a Deus a santa Igreja, os seus Prelados, as almas do purgatório, os pecadores e todos os nossos parentes, amigos e benfeitores, por um Pai-Nosso e uma Ave-Maria, que são as orações mais úteis por nos serem ensinadas por Jesus Cristo e pela Igreja: "Senhor, eu Vos recomendo a santa Igreja com os seus prelados, as almas do purgatório, a conversão dos pecadores e todas as minhas necessidades espirituais e temporais bem como as dos meus parentes, amigos e benfeitores".


Depois da Meditação.

Depois da Meditação devemos:

1º. Conforme o conselho de São Francisco de Sales, fazer um ramalhete de flores afim de cheirá-lo durante o dia, quer dizer, imprimir bem na memória um ou dois pensamentos que mais impressão nos fizerem, para os recordarmos e nos revigorarmos durante o dia.

2º. Por logo em prática as resoluções tomadas, tanto nas ocasiões pequenas como nas grandes, que se apresentarem: por exemplo, suportamos com paciência uma pessoa irada contra nós, mortificarmo-nos na vista, no ouvido, na conversa.

3º. Por meio do silêncio e recolhimento, conservar o mais tempo possível os afetos excitados na oração; sem isso, o fervor concebido na oração esvaecer-se-á logo pela dissipação no proceder ou pelas conversas inúteis. (*IX 840)

(LIGÓRIO, Afonso Maria de. Meditações: Para todos os Dias e Festas do Ano: Tomo I: Desde o Primeiro Domingo do Advento até a Semana Santa inclusive. Friburgo: Herder & Cia, 1921, p. 1-4.)



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quinta-feira, 17 de maio de 2018

Modo para meditar o Santo Rosário - II


Modo para meditar o Santo Rosário 


Para ajudar na meditação do Santo Rosário existem inúmeros livros. Apresentamos aqui dois exemplos com os mistérios comentados sobre um tema específico.


2) Tema - O Santíssimo Sacramento


Mistérios Gozosos 

I - A Anunciação de Nossa Senhora - No mistério da Encarnação, Nosso Senhor veio esconder Sua divindade atrás de nossa humanidade, e Nossa Senhora era então a única a poder adorá-Lo no seu rebaixamento. No Santíssimo Sacramento, Nosso Senhor esconde tanto Sua divindade quanto Sua humanidade sob as espécies eucarísticas. Nós, que estamos tão próximos d'Ele neste estado, adoremo-Lo presente entre nós, e convidemos Nossa Senhora para vir adorá-Lo conosco. 

II - A Visitação de Nossa Senhora - Na Visitação, Nossa Senhora fica três meses com sua prima Santa Isabel; e todo este tempo foi um tempo de bênçãos para a casa de São Zacarias. Nosso Senhor está presente em nossa Terra, há tanto tempo, no Santíssimo Sacramento; sejamos agradecidos por todos os bens que Ele fez a todas as almas durante todo esse tempo.

III - O Nascimento de Nosso Senhor - No Natal, Nosso Senhor manifestou-Se visivelmente no presépio de Belém: aqui, nós temos outra Belém, e Nosso Senhor está presente em todas as Missas, onde, por assim dizer, Ele nasce novamente. Saibamos agradecer por todas as Missas celebradas, particularmente pela conservação da verdadeira Missa católica(**) em nosso País.

IV - A Apresentação de Jesus nos Templo e a Purificação de Nossa Senhora - Na Purificação, vede Jesus passando dos braços de Nossa Senhora, para os de São José, deste para São Simeão: é a imagem da Santa Comunhão, onde Nosso Senhor se dá a todos com tanto amor. Agradeçamos a Ele, na hora da comunhão, por todas as nossas comunhões, da primeira até a última, esta de hoje. 

V - O Encontro de Jesus no Templo - Algumas almas comungaram e não guardaram bem a Nosso Senhor. Algumas O perderam e não querem mais procurá-Lo, enquanto outras, depois de O perderem O procuram novamente. Peçamos a Jesus que se faça procurado por todas elas, e que dê a todas a alegria de Sua Presença.


Mistérios Dolorosos

I - A Agonia no Jardim das Oliveiras - Na Sua Agonia, Jesus rezava e estava só. Três vezes veio junto de seus apóstolos, e encontrando-os dormindo disse-lhes: "Vigiai e orai! Não pudestes vigiar uma hora comigo?" No Santíssimo Sacramento, Jesus não dorme, seu coração vigia: Ele ama, Ele reza. E nós, sabemos vigiar, amar e rezar com Ele? Peçamos a Ele que nos mantenha unidos a Seu amor e a Sua oração.

II - A Flagelação de Nosso Senhor - O mistério da Flagelação, infelizmente, continua ainda. A fúria dos demônios joga os homens contra Jesus; e a História nos ensina como eles pisaram, queimaram, cortaram com faca, e profanaram de tantos outros modos o Santíssimo Sacramento. Choremos diante de tais profanações, e façamos a justa reparação.

III - A Coroação de Espinhos - Como é comovente o espetáculo dos padres e fiéis, juntos em torno dos altares, para o Santo Sacrifício e a Santa Comunhão. É uma coroa de júbilo e alegria para Nosso Senhor. Rezemos para que nesta coroa nunca haja os espinhos do sacrilégio.

IV - Jesus Carrega a Cruz ao Calvário - Jesus Sacramentado não pode mais sofrer; mas se Ele pudesse sofrer, não poderíamos imaginá-Lo a seguir Sua Via Sacra? Todos os nossos pecados são para Ele uma pesada Cruz: como a ovelhinha carregada ao matadouro, Jesus espera, reza, ama e derrama a Sua graça sobre nós. Imitemos esse amor paciente de Jesus.

V - A Crucifixão de Nosso Senhor - O Santo Sacrifício da Missa é a continuação do sacrifício da Cruz. O Corpo e o Sangue de Jesus, consagrados como que separados sobre o altar: o padre os eleva ao alto, como que para nos lembrar de Jesus pregado na Cruz e elevado da Terra.


Mistérios Gloriosos

I - A Ressurreição de Nosso Senhor - No dia de Sua Ressurreição, Nosso Senhor saiu do túmulo e veio aparecer a Seus queridos apóstolos. O sepulcro não foi Seu primeiro Sacrário? Como Ele saiu do sepulcro vivo e glorioso, Ele sai do sacrário vivo e glorioso, e vem até nós. Sejamos para Ele um sacrário, onde Ele esteja vivo, mas nunca um sepulcro; não o entreguemos à morte em nós por nossos pecados. 

II - A Ascensão de Nosso Senhor - Nosso Senhor ressuscitado subiu ao Céu. Façamos um esforço para que, quando Ele vier na comunhão, sejamos um verdadeiro céu, onde reina Deus, onde a Santíssima Virgem seja amada, onde Jesus seja adorado por nós e por seus Anjos.

III - A Vinda do Divino Espírito Santo - Na Anunciação, o Espírito Santo veio para operar o mistério da Encarnação; Ele vem na Missa operar o mistério da Consagração (Transubstanciação): que Ele venha a nós, preparar e santificar o mistério da Santa Comunhão.

IV - A Assunção de Nossa Senhora - Na Sua Assunção gloriosa, Nossa Senhora entrou para sempre no Céu. Quando Nosso Senhor nos chama para a comunhão, Ele opera em nós uma verdadeira assunção, nos tomando com Ele no Céu da Eucaristia. Subamos para lá depressa para não descer mais.

V - A Coroação de Nossa Senhora - A coroação de Nossa Senhora nos Céus foi o ponto culminante da graça de Deus sobre Sua Santa Mãe. A última Comunhão que receberemos será o ponto culminante das bondades da Sagrada Eucaristia em nós. Rezemos a Deus pela nossa última Comunhão: que ela seja santa, humilde, amorosa, e que ela nos dê a graça da perseverança final.


Do livro "O Mês do Rosário - onze mistérios meditados" de Pe. Emmanuel-André.  

Veja também: https://precantur.blogspot.com/2018/05/modo-para-meditar-o-santo-rosario-I.html


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quinta-feira, 10 de maio de 2018

Modo para meditar o Santo Rosário - I


Modo para meditar o Santo Rosário 


Para ajudar na meditação do Santo Rosário existem inúmeros livros. Apresentamos aqui dois exemplos com os mistérios comentados sobre um tema específico.


1) Tema - Assim amou Deus


Mistérios Gozosos - Encarnação e vida oculta em Nazaré 

I – Anunciação - "Deus amou tanto o mundo que deu Seu próprio Filho único, para que todo aquele que crê n'Ele não pereça, senão que tenha vida eterna" (João 3, 16). Ele deu Seu único Filho por Maria, porque queria que o Verbo tomasse nossa natureza no puríssimo seio da Virgem. Que a Virgem, Mãe de Deus, digne-Se pois dar-nos o crer firmemente que Deus nos amou tanto. Que tudo em nossa vida seja iluminado por uma fé muito viva no mistério do Verbo feito carne.

II – Visitação - À exclamação de sua prima Isabel: "Bendita és entre todas as mulheres", Maria respondeu com o Magnificat. É um canto de muito humilde agradecimento pelo mistério da Encarnação: "A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito exulta em Deus meu Salvador, porque Se dignou olhar para a humildade de sua serva (...). Sua misericórdia se multiplica, de geração em geração, sobre aqueles que O temem". Que Nossa Senhora do Magnificat nos ensine a meditar em nosso coração os mistérios da Misericórdia divina(*). Dessa forma nossa conversação interior por-se-á em uníssono com nossa fé ao invés de extraviar-se e perder-se no vazio. 

III - Nascimento de Jesus - Vindo ao mundo pela Virgem Maria na noite de Natal, o Filho de Deus, que é Seu próprio Filho, nos é dado de uma vez por todas. Este dom não nos será mais retirado; esta presença não nos será tirada, porque depois de subir aos Céus, Jesus continua estando presente e dando-se sob as espécies eucarísticas, o Santíssimo Sacramento. Que Nossa Senhora do Natal nos consiga crer, com todas nossas forças, no mistério da Eucaristia e comungar o mais dignamente possível. 

IV - Apresentação de Jesus no Templo e Purificação de Nossa Senhora - Quando a Virgem Maria depositou nos braços do ancião Simeão seu pequeno Filho, verdadeiro Filho de Deus, verdadeiro Salvador do mundo, o santo ancião profetizou a missão de Jesus: Ele é a salvação preparada para todos os povos, luz que deve iluminar os pagãos e gloria do povo de Israel. Pois bem, é pela santa Igreja católica que o Filho de Deus dispensa ao Gênero Humano as luzes e as graças da Redenção. Peçamos a Nossa Senhora da Apresentação no Templo, que "a santa Igreja católica seja conservada em união e seja governada em toda a terra, pelo Pai muito misericordioso". (Cânon Romano, Te igitur).

V - Encontro de Jesus no Templo e vida oculta em Nazaré - As dificuldades e inquietudes cotidianas não nos devem impedir de permanecer no amor de Deus, viver no nível de nossa fé, nos mantermos na paz de Jesus Cristo, porque Jesus Cristo nos foi dado e nunca nos faltará. Observando a Santa Família, aprendamos a cumprir nosso dever cotidiano em paz, amor e paciência e com grande pureza de coração. Que Nossa Senhora de Nazaré nos ensine a caminhar por esta pequena via de humildade e simplicidade interior.


Mistérios Dolorosos - Paixão Redentora

I - Agonia no Horto das Oliveiras - Quando Jesus banhado em suor de sangue e caindo com o rosto em terra, pede a seu Pai afastar o cálice, Ele é verdadeiramente o Cordeiro de Deus que leva sobre Si o peso dos pecados do mundo. Por amor a Seu Pai e a nós pecadores, tomou sobre Si nossos pecados e por isso mesmo nos livrou deles. Que Nossa Senhora nos obtenha vislumbrar o imenso amor contido nas palavras do consentimento de Jesus: "Pater, fiat voluntas tua" (Pai, seja feita a Tua vontade). Que o pensamento de um amor tão grande nos dê ânimo e valor para lutar contra o pecado e conformar nossa vida a nossa fé. 

II – Flagelação - Depois do consentimento da Agonia, eis aqui a aceitação sempre cheia de amor, dos crudelíssimos tormentos, que seguiram às condenações mais injustas. Que Nossa Senhora nos obtenha viver na fé do amor do Filho de Deus, que sofreu por nós uma dolorosíssima flagelação. Que sejamos capazes de mortificar nossos sentidos, e, como o diz o Apóstolo São Paulo, de reduzi-los à servidão (1 Cor. 9, 27).

III - Coroação de Espinhos - Como se uma prova de amor tal como a flagelação não bastasse para afastar-nos do pecado e merecermos a graça, o Filho de Deus quis submeter-se ainda à coroação de espinhos. Que Nossa Senhora nos consiga ser comovidos por este mistério; que uma humilhação tal oferecida por nós com um coração tão generoso nos mova a praticar a humildade e a doçura.

IV - A Cruz nos ombros - Caminho ao Calvário - Via Crucis. Nossa Senhora subiu o caminho da Cruz com seu Filho Jesus Cristo, contou as quedas, viu as feridas, escutou as blasfêmias e as zombarias. Que Ela nos faça entrever o amor extraordinário que animava o Filho e que o fez capaz de levar a cruz até o fim. Que Nossa Senhora da Compaixão, tão valente e tão paciente, nos obtenha a força, a paciência e o valor. Confiemos-lhe muito particularmente os enfermos e os inválidos.

V - Morte na cruz - Sacrifício Redentor - Et consummatum est (tudo está consumado) significa que o amor misterioso do Coração de Jesus alcança Seu último limite, que uma satisfação infinita é por conseguinte oferecida por nossos pecados, que a obra da Redenção está consumada. Visto que tudo está consumado, por que, pois, ainda, antes da sepultura, o episódio da lançada, que abre o coração? Este episódio é simbólico. A abertura do coração pela lançada nos deve fazer compreender que tudo o que Jesus fez, tudo o que sofreu, é unicamente por amor, e é por amor que nos deixou na Eucaristia o memorial eficaz e sacramental da Paixão que nos salva. A efusão do sangue e da água designa, de fato, o dom do sacrifício eucarístico e o nascimento da Santa Igreja. Que Nossa Senhora do Stabat obtenha-nos penetrar sempre mais dentro do mistério inesgotável do Sagrado Coração. 


Mistérios Gloriosos - Glorificação de Jesus e de Maria - Mediação universal de Maria

I – Ressurreição - Que Nossa Senhora obtenha-nos alegrar-nos com Ela, vendo a Jesus glorificado e exaltado em certa medida proporcionalmente aos seus abatimentos e suas humilhações. Que Ela nos ajude a encontrar o repouso e a segurança, vendo que o Pai, por esta Ressurreição, manifestou Sua complacência pela obra de Seu Filho bem-amado.

II – Ascensão - Que Ela nos consiga igualmente fazer crer em fiança ilimitada em Seu Filho Jesus Cristo, que vive e reina sentado para sempre à direita do Pai. Que Ela nos consiga igualmente crer n'Ele como Sumo e Eterno Sacerdote, que apresenta ao Pai as cicatrizes irradiantes de Sua Paixão, assim como não deixa de oferecer Seu sacrifício - sacramental, mas realmente - em nossos altares daqui embaixo.

III – Pentecostes - Pela ação do Espírito Santo, eis aqui que a santidade de Cristo, a santa conformidade à Paixão e Ressurreição, continuarão para sempre no interior da Igreja, em cada um dos fiéis de Cristo. Para que seja assim, que Nossa Senhora obtenha-nos entregar-nos às sugestões e aos movimentos do Espírito Santo.

IV – Assunção - Nossa Senhora, Mãe de Deus, a bem-aventurada Virgem Maria, estava unida muito perto à Encarnação e à Paixão redentora de Seu Filho para não estar unida igualmente, primeira de todas as criaturas, a Sua Ressurreição. O poder de Sua intercessão na gloria é proporcional à intensidade de Sua união de amor no momento do Fiat da Anunciação e durante o Stabat da Crucifixão. Estamos persuadidos de que Ela intercede com uma força irresistível e que somente pertence a Ela. Não nos cansemos nunca de dizer-Lhe com toda a confiança e todo o reconhecimento de que somos capazes: rogai por nós, pobres pecadores, agora e na hora de nossa morte.

V - Coroação no Céu e Realeza de Maria - Nossa Senhora está, pois, intimamente unida à incessante e multiforme ação de Seu Filho Jesus Cristo, para aplicar-nos as graças e os benefícios da Encarnação redentora. Ela é Mediadora de todas as graças. Ocupemo-nos em recorrer a Ela na fé e como crianças pequenas. Ocupemo-nos em viver com Ela, e Ela se ocupará de levar a Sua perfeição, acima de tudo, a obra de santificação que Jesus começou em nossas vidas.

Do livro "El rosario de nuestra señora" de Roger-Thomas Calmel O.P. (Editora ICTION em espanhol).


Na próxima quinta-feira, leia: Modo para meditar o Santo Rosário - II. Aguarde. 


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sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Observâncias do Rosário

"O Rosário é mais valioso que os salmos, pois: Assim como a realidade é mais importante que a prefiguração, e o corpo mais importante do que a sombra, da mesma forma o Rosário é mais grandioso que o Saltério de Davi, que nada mais fez que prefigurá-lo." (São Luís Maria de G. de Montfort.)

Oração vocal e mental 

- O Rosário consiste em duas realidades: a oração mental e a vocal, sendo a primeira caracterizada pela meditação dos mistérios de vida, morte e glória de Nosso Senhor e de Sua Mãe Santíssima, e a segunda consiste em rezar as quinze dezenas de Ave-Marias precedidas pelo Pai-Nosso. Enfim, o Rosário torna-se uma mistura bendita de oração vocal e oração mental. 


Meditação dos mistérios 

- São Domingos fez essa divisão dos mistérios no Rosário. "O cristão que não medita sobre os mistérios do Rosário é muito ingrato a Nosso Senhor e mostra o quão pouco ele se preocupa por tudo que o Salvador Divino sofreu para salvar o Mundo." (São Luís de Maria G. de Montfort)

Os cristãos devem ter sempre em vista a vida de Nosso Senhor e de Nossa Senhora, e tê-las como exemplo, e para nos ajudar nessa tarefa, foi que ela ordenou a São Domingos que ensinasse ao fiel a meditar nos mistérios sagrados. “Devemos lutar, como se fosse num campo de batalha, para a aquisição de todas as virtudes que o Santo Rosário nos incita a imitar”. (São Tomás de Aquino) 

Cuidado com o orgulho no progresso espiritual “Se, pela graça de Deus, você já alcançou um alto nível de oração, mantenha a prática de rezar o Santo Rosário. Pois nunca ninguém que reza o Rosário diariamente se tornou um herege formal ou foi enganado pelo demônio. Esta é uma declaração que eu alegremente assino com meu sangue.” (São Luís de Maria G. de Montfort) 

domingo, 17 de janeiro de 2016

A pressa nas orações

A pressa nas orações




Jesus Cristo orou no horto por três vezes: "Meu Pai, se é possível, passa-se de mim este cálice sem que eu o beba, mas faça-se a vossa vontade e não a minha". A oração de Jesus Cristo no horto foi muito breve; mas ainda que breve ele o fez por três vezes, e cada vez por espaço de uma hora. Atende a isto alma apressada, tu que fazes muitas orações, e tendes pouco tempo de oração, ah! Bem podes temer que sejam pecados ou perdidas as suas orações!

domingo, 18 de maio de 2014

OS NOVE MODOS DE REZAR DE SÃO DOMINGOS

"Durante o dia falava de Deus aos homens
e à noite, em oração, falava dos homens a Deus."
O tema da oração foi, desde sempre, muito querido na Igreja. Grandes Doutores da Igreja como Santo Agostinho, São Gregório, Santo Hilário, Santo Isidoro, São João Crisóstomo, São João Damasceno, São Bernardo, e outros piedosíssimos doutores, gregos e latinos, escreveram grandes tratados sobre a oração. Eles recomendaram-na, descreveram-na, mostraram a sua necessidade e os seus benefícios, explicaram o seu método, preparação e obstáculos. Também São Tomás de Aquino e Santo Alberto Magno, da Ordem Dominicana, nos seus diversos escritos, expuseram com nobreza, santidade, devoção e elegância a maneira de rezar segundo a qual a alma se serve dos membros do corpo a fim de se elevar a Deus com mais fervor; de tal modo que a alma que anima o corpo é por sua vez animada por este e entra em êxtase, como nos diz São Paulo, ou então num santo arrebatamento, como experimentou o profeta David.

A este respeito, convém narrar o que fazia São Domingos, que recorria frequentemente a este modo de oração através do corpo.

É de se notar que também os Santos do Antigo e Novo Testamento rezavam assim, algumas vezes. Na verdade, este método excita a devoção, pela ação recíproca da alma sobre o corpo e do corpo sobre a alma. Graças a ele, São Domingos chegava a derramar copiosas lágrimas. E crescia-lhe a tal ponto o fervor da vontade que ele não conseguia impedir que os membros de seu corpo manifestassem sua piedade por algum sinal inequívoco. Com que êxtases o seu espírito não se entregava então a pedidos, súplicas, e ações de graças.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Como se deve rezar o Rosário

É um texto um pouco longo talvez, mas é a diferença entre o Céu e o Inferno. Não basta repetir palavras... não basta postar-se bem, é preciso mais e São Luís nos faz a caridade de nos ensinar 


COMO SE DEVE REZAR O ROSÁRIO



Não é o prolongamento de uma oração que agrada a Deus e Lhe conquista o coração, mas o seu fervor. Uma só Ave-Maria bem rezada tem mais mérito do que cento e cinquenta mal rezadas.

Vejamos, pois, a maneira de rezar o Rosário para agradar a Deus e nos tomarmos santos.

Em primeiro lugar, é preciso que a pessoa que reza o Rosário esteja em estado de graça, ou pelo menos na resolução de sair do seu pecado, porque a Teologia nos ensina que as boas obras e as orações feitas em pecado mortal são obras mortas, que não agradam a Deus nem podem merecer a vida eterna.

Aconselhamos o Rosário a todas as pessoas: aos justos, para que perseverem e cresçam na graça de Deus; e aos pecadores também, mas para que saiam de seus pecados.

Deus não permita que por nossos conselhos um pecador empedernido transforme o manto da proteção de Nossa Senhora em manto de condenação para velar seus crimes! Ou que transforme o Rosário, que é remédio para todos os males, num veneno mortal e funesto! A corrupção do ótimo é péssima.

Um homem depravado costumava rezar diariamente o Rosário. Certo dia, a Virgem lhe mostrou belos frutos numa bandeja cheia de imundícies. O homem teve horror àquilo, e Ela lhe disse: "É assim que tu me serves, apresentando-me belas rosas num recipiente sujo e corrompido. Achas que posso recebê-las com agrado?"

Pedido

"Aproveitemos o tempo para santificação nossa e dos nossos parentes e amigos. Solicitem orações, que estaremos rezando juntos, em união de orações aos Sagrados Corações."