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"Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois vós entre as mulheres, e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora da nossa morte. Amém."

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sábado, 2 de novembro de 2013

Sequência - Dies Irae

Last Judgement Dies Irae
by Bernard van Orley
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Sequência - Dies Irae

(Dia de todos os fiéis defuntos)



Dia de ira, aquele dia
que tudo em cinzas fará,
diz David e a Sibila.
Que temor há-de então ser
quando o Juiz vier
a julgar-nos com rigor!

O som forte da trombeta
Entre os jazigos dos mortos
junto ao trono os levará.

Todo o mundo há-de pasmar
quando a criatura se erguer
para responder ao Juiz.
Um livro será trazido,
no qual tudo está contido,
por onde há-de ser julgado o mundo.

Quando o Juiz se sentar,
todo o oculto há-de aparecer.
Nada impune ficará.
Que hei-de eu então dizer?

A quem hei-de recorrer,
se o justo não está seguro?
Rei tremendo em majestade,
que por favor nos salvais,
salvai-me por piedade!

Recordai-Vos, bom Jesus,
que por mim do Céu descestes,
não me percais nesse dia.
Por me buscar, vos cansastes,
em me remir padecestes:
Não seja em vão tanta dor!

Juiz, justo e de vingança,
dai-me o dom de Vossa graça,
antes que vá a juizo.
Gemo e choro, como réu,
sinto pejo do pecado;
suplico, perdoai-me.

Vós, que absolvestes Maria
e ao ladrão não desprezastes,
também me destes esperança.

Minhas preces não são dignas,
mas Vós que, sois bom, por clemência.
Não me abandoneis ao fogo.
Colocai-me entre as ovelhas,
separai-me então dos bodes,
dai-me lugar à direita.

Confundidos os malditos,
entregues ao fogo eterno,
chamai-me com os escolhidos.
Peço humilde e suplicante,
de coração como a cinza,
havei cuidado de mim.

Dia de lágrimas, esse dia,
em que o pó se erguerá,
o homem, para ser julgado.

Perdoai-lhe, Senhor Deus,
Vós que sois bom, ó Jesus,
Dai-lhes um repouso eterno.
Amém

(A voz do Filho do homem ressoa agora no tempo por entre os que morreram espiritualmente para os revocar à vida. Quando o tempo acabar, há-de ressoar a última vez para julgar os homens. Os que ouvirem a sua voz e cumprirem os seus mandamentos, ressucitarão para a vida eterna.)

(Missal quotidiano e vesperal – Dom Gaspar Lefebvre – 1951)


EM LATIM:



DIES IRAE


Dies irae, dies illa
solvet saeclum in favilla:
teste David cum Sibylla.

Quantus tremor est futurus,
quando judex est venturus,
cuncta stricte discussurus!

Tuba mirum spargens sonum
per sepulcra regionum,
coget omnes ante thronum.

Mors stupebit et natura,
cum resurget creatura,
judicanti responsura.

Liber scriptus proferetur,
in quo totum continetur,
unde mundus judicetur.

Judex ergo cum sedebit,
quidquid latet apparebit:
nil inultum remanebit.

Quid sum miser tunc dicturus?
Quem patronum rogaturus,
cum vix justus sit securus?

Rex tremendae majestatis,
qui salvandos salvas gratis,
salva me fons pietatis.

Recordare, Jesu pie,
quod sum causa tuae viae:
ne me perdas illa die.

Quaerens me, sedisti lassus:
redemisti Crucem passus:
tantus labor non sit cassus.

Juste judex ultionis,
donum fac remissionis
ante diem rationis.

Ingemisco, tamquam reus:
culpa rubet vultus meus:
supplicanti parce, Deus.

Qui Mariam absolvisti,
et latronem exaudisti,
mihi quoque spem dedisti.

Preces meae non sunt dignae:
sed tu bonus fac benigne,
ne perenni cremer igne.

Inter oves locum praesta,
et ab haedis me sequestra,
statuens in parte dextra.

Confutatis maledictis,
flammis acribus addictis:
voca me cum benedictis.

Oro supplex et acclinis,
cor contritum quasi cinis:
gere curam mei finis.

Lacrimosa dies illa,
qua resurget ex favilla
judicandus homo reus.

Huic ergo parce, Deus:
pie Jesu Domine,
dona eis requiem. Amen.


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