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"Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois vós entre as mulheres, e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora da nossa morte. Amém."

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quarta-feira, 12 de junho de 2013

Mês do Sagrado Coração de Jesus – DIA 12




 

MÊS DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

(7 anos e 7 quarentenas de indulgência cada dia e uma in­dulgência plenária no fim.)


ORDEM DO EXERCÍCIO COTIDIANO


Invocação do Espírito Santo

Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fieis e acendei neles o fogo do vosso amor.

V. — Enviai o vosso Espírito e tudo será criado.
R. — E renovareis a face da terra.

ORAÇÃO
Deus, que esclarecestes os corações de vossos fieis com as luzes do Espírito Santo, concedei-nos, por esse mesmo Espírito, co­nhecer e amar o bem e gozar sempre de suas divinas consolações. Por Jesus Cristo Nosso Senhor. Amém.

Oração preparatória
(100 dias de indulgência — Leão XIII, indulto de 10 de dezembro de 1885).
 
Senhor Jesus Cristo, unindo-me à di­vina intenção com que na terra pelo vosso Coração Sacratíssimo rendestes louvores a Deus e ainda agora os rendeis de contínuo e em todo o mundo no Santíssimo Sacramento da Eucaristia até a consumação dos sé­culos, eu vos ofereço por este dia inteiro, sem exceção de um instante, à imitação do Sagrado Coração da Bem aventurada Maria sempre Virgem Imaculada, todas as minhas intenções e pensamentos, todos os meus afe­tos e desejos, todas as minhas obras e pa­lavras. Amém.

Lê-se a intenção própria do dia, recitando em sua con­formidade um Pai Nosso, Ave Maria e Glória, e a jaculatória: Coração de Jesus, que tanto nos amais, fazei que vos amemos cada dia mais.

Em seguida, a Meditação correspondente ao dia e, depois, a Ladainha do Sagrado Coração.


 
LADAINHA DO SAGRADO CORAÇÃO
 Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.
Deus Pai dos céus, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo, tende pie­dade de nós.
Deus Espírito Santo, tende piedade de nós.
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, Filho do Pai Eterno, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, formado pelo Espirito Santo no seio da Virgem Mãe, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, unido substancialmente ao Verbo de Deus, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, de majestade infinita, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, templo santo de Deus, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, tabernáculo do Altíssimo, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, casa de Deus e porta do céu, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, fornalha ardente de ca­ridade, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, receptáculo de justiça e amor, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, abismo de todas as vir­tudes, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, digníssimo de todo o louvor, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, rei e centro de todos os corações, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, no qual estão todos os tesouros da sabedoria e ciência, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, no qual habita toda a ple­nitude da divindade, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, no qual o Pai celeste põe as suas complacências, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, de cuja plenitude nós todos participamos, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, desejo das colinas eternas, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, paciente e misericordioso, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, rico para todos os que vos invocam, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, fonte de vida e santidade, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, propiciação para os nossos pecados, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, saturado de opróbios, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, atribulado por causa de nossos crimes, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, feito obediente até a morte, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, atravessado pela lança, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, fonte de toda a conso­lação, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, nossa vida e ressurreição, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, nossa paz e reconciliação, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, vítima dos pecadores, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, salvação dos que em vós esperam, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, esperança dos que em vós expiram, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, delícia de todos os Santos, tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós.

V. — Jesus, manso e humilde de coração,
R. — Fazei o nosso coração semelhante ao vosso.

ORAÇÃO
Onipotente e sempiterno Deus, olhai para o Coração de vosso diletíssimo Filho e para os louvores e satisfações que ele vos tributa em nome dos pecadores, e àqueles que invocam vossa misericórdia, concedei benigno o perdão, em nome do mesmo Jesus Cristo, vosso Filho, que convosco vive e reina juntamente com o Espírito Santo por todos os séculos dos séculos. Amém.

Para concluir, a seguinte fórmula de consagração 
 
Recebei, Senhor, minha liberdade in­teira. Aceitai a memória, a inteligência e a vontade do vosso servo. Tudo o que tenho ou possuo, vós mo concedestes, e eu vo-lo restituo e entrego inteiramente à vossa von­tade para que o empregueis. Dai-me só vosso amor e vossa graça, e serei bastante rico e nada mais vos solicitarei.

(300 dias de indulgência. Leão XIII, Decreto de 28 de maio de 1887).

Doce Coração de Jesus, sede meu amor.
(300 dias — Pio IX).

Doce Coração de Maria, sede a minha salvação.
(300 dias — Pio IX).
 

MEDITAÇÕES

 

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- I -
Os terníssimos afetos do Coração de Jesus
 
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DUODÉCIMO DIA


Oremos por todos os membros de nossa família. Pai Nosso, Ave Maria, Glória e a jaculatória: “Coração de Jesus, que tanto nos amais, fazei que vos amemos cada dia mais”.

S. João repousando sobre o peito do Salvador

Que amável familiaridade! Apenas me parece compreensível e, contudo, meu Deus, não tenho eu esta dita de S. João cada vez que comungo? Se eu tivesse a pureza que ele tinha, se eu amasse a Jesus como ele o amava, ah! que deliciosos momentos pas­saria ao pé do altar, guardando Jesus comigo, e em mim! Agora explico estas palavras de uma adolescente: “O céu é uma primeira comunhão contínua”. Pois não está em mim o céu depois da comunhão? O Evan­gelho não diz que S. João falasse muito com Jesus, mas diz que foi o único Apóstolo que se achou no Calvário… oh! também aí me achareis, meu Jesus! nada me separará de vós, nada.

“Farei hoje um ato de reparação a Jesus no SS. Sacramento”.

EXEMPLO

Otávio de Ravinel, noviço da Companhia de Jesus, revelara desde a infância um coração angélico: ainda criança, abraçando sua mãezinha, dizia, às vezes, muito sério: “Eu quero ser um apóstolo”; e ao voltar da igreja, onde na bênção do SS. Sacramento segurava a naveta do incenso de que ainda rescendia, notava contente: “Trago o perfume de Nosso Senhor!’ Num dia da festa dos Santos Inocentes, escrevia: “Tenho inveja desses milhares de meninos que se festejam hoje e que derramaram o sangue para salvar o Menino Jesus”. Na escola apostólica de Amiens, acometido de uma afecção que o prendeu por muito tempo ao leito ou a uma cadeira, sem nunca se impacientar, dizia: “Se o bom Jesus padeceu tanto, um de seus filhos não pode sofrer um pouco?” Entrando para o noviciado, ele se ofereceu ao Coração de Jesus como vítima pela salvação das almas, propondo-se a trabalhar sempre em favor delas, e aplicando às do Purgatório, pelo voto heroico, todos os méritos satisfatórios e indulgências que lucrasse du­rante a vida, e os sufrágios que tivesse por morte. Ficava-lhe por fazer só o sacrifício da vida; esse ofere­ceu-o ele também, mais tarde. Uma alma em perigo de perder-se lhe foi recomendada: “Eu me considero par­ticularmente encarregado por Nosso Senhor da salvação desta alma. Peço a Jesus que me faça sofrer o preciso para alcançar a sua conversão completa”. E o sofrimento veio, chegando ao extremo. Porém na manhã mesma de sua morte, ao acabar a ação de graças da Comunhão, recebia esta carta: “Oh !como te hás de sentir feliz de que teu último sacrifício tenha sido para reconduzir uma alma ao bom caminho! Que poderei eu fazer em retribuição? pedira Deus a tua saúde? Eu o fiz, mas parece que Deus não quer escutar as minhas súplicas. Porém não partirás sem ter de mim uma consolação; aquele por quem te ofereceste, vem, de joelhos, ante o teu leito de sofrimentos, prometer-te ser um bom cris­tão durante o resto da vida. Tu me enviarás as forças, do alto do céu, para que eu mereça reunir-me a ti um dia”.

Otávio rendeu graças, comovido, e exclamou: “Agora, só me resta morrer”. — “Por que? lhe perguntaram”. “Pois não ofereci eu minha vida por essa conversão? Deus ma concedeu: cumpre-me pagar”, pouco depois, expirava, na flor da juventude, em transportes de fer­vor, como se tivesse já o céu diante dos olhos. 

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CONSAGRAÇÃO AO CORAÇÃO DE JESUS


Sim, Jesus, eu vos prometo recitar, to­dos os dias, uma oração ao vosso Sagrado Coração; prometo-vos venerar as piedosas imagens que o representarem à minha devo­ção; prometo-vos espalhar o conhecimento desta devoção e propagá-la.

Sede a minha fortaleza, a minha ale­gria, a minha felicidade!

“Farei um ato de consagração ao Coração de Jesus”.

Ao Coração adorável de Jesus dou e consagro o meu corpo e a minha alma, a mi­nha vida, os meus pensamentos, palavras, ações, dores e sofrimentos. Não me torna­rei a servir de parte alguma do meu ser, que não seja para o amar, honrar e glorificar.

Tomo-vos, pois, ó divino Coração, por objeto do meu amor, protetor da minha vida, âncora da minha salvação, remédio das minhas inconstâncias, reparador dos meus defeitos, e seguro asilo na hora da morte.

Ó Coração cheio de bondade, sede a minha justificação para com Deus, e apartai de mim a sua justa cólera.

Ponho em vós toda a minha confiança, porquanto receio tudo de minha fraqueza, como tudo espero de vossa bondade. Ani­quilai em mim tudo o que vos possa desa­gradar e resistir; imprimi-vos em meu coração, como um selo sagrado, para que jamais me possa esquecer de vós, e de vós ser se­parado. Isto vos peço por vossa infinita bon­dade: que o meu nome se inscreva em vós, que sois o livro da vida, e que façais de mim uma vítima consagrada inteiramente à vossa glória; que desde este momento seja eu abrasado e um dia inteiramente consumido pelas chamas do vosso amor; nisto consiste a minha dita, não tendo outra ambição se­não a de morrer em vós e por vós.

Assim seja.


DIA 12

A virtude precoce de um menino de doze anos é o quadro que hoje o culto do Sa­grado Coração dá a contemplar aos seus de­votos. Fruto de uma união abençoada, Paulo Bedin já aos quatro anos distinguia-se por qualidades e ações que mesmo em idade mais adiantada são admiráveis. Já sabia ler, e, tendo sido a História Sagrada o seu pri­meiro livro, contava-a aos outros com ani­mação, cheio de simpatia e interesse pelos que sofriam, como Abel e José vendido pe­los irmãos, e condenava revoltado os maus que os perseguiram. Na igreja edificava a to­dos a piedade e atenção reverente com que assistia às cerimônias, e em casa, se lhe acon­tecia alguma vez esquecer a oração da noite, levantava-se a qualquer hora e de joelhos supria a omissão cometida. Num olhar de sua mãe ele adivinhava a aprovação ou a censura, e lhe servia para logo de estímulo ou de freio ao que praticava. Entregando-se um dia por demais à leitura de um livro de viagens, a boa mãe ordenou-lhe que o dei­xasse, mas ele por exceção nessa hora, fe­chou-o lentamente, “filho, disse ela. pare­ce-me que esqueces o teu catecismo. Que coisa é obedecer?” Paulo respondeu: “É fa­zer prontamente e com alegria aquilo que se nos manda”. Um momento depois acres­centou: “Prontamente, eu compreendo; mas com alegria, é diferente”. Certo é que ele obedecia sempre alegre muitas vezes, e dominando-se quando contrariado. Em seus estudos secundários, no colégio de Mongré, o bom menino mostrou, mais firmes e acen­tuados, os mesmos sentimentos e disposições. “É o modelo do trabalhador”, dizia um dos seus mestres. Às vezes ao fim de uma tarefa mais pesada ou em prêmio de triunfos al­cançados na classe, dispensavam-no de exer­cícios impostos aos outros, mas ele preferia partilhá-los, pretextando que a ociosidade o fatigava mais. Era o escolhido para fazer companhia aos alunos recém-chegados, e para dar coragem aos desanimados ou acon­selhar os indóceis: de tudo se desempe­nhava com bondade. Um dia, no inverno, puseram-no de porteiro à sala de estudo, perto do fogão que o incomodava, mas di­zendo-lhe alguém que pedisse o dispensas­sem, respondeu: “Não, porque teria de vir para o lugar algum companheiro, que sofreria tanto quanto eu”. Fazia esforço para corrigir-se, até de pequenos defeitos como o de voltar-se para um e outro lado à hora do estudo: “Ó bom Jesus, escrevia ele, dai-me força de não me voltar mais: todos os sa­crifícios que puder hoje fazer para esse fim, eu vo-los ofereço”. Em seu livrinho de notas se encontram muitas como estas: “Sagrado Coração, eu vos ofereço todas as minhas orações. — Eu vos consagro, ó divino Co­ração, o tempo dos estudos. — Eu vos ofe­reço as minhas recreações. — Sagrado Co­ração de Jesus, concedei-me a força neces­sária para me corrigir, a fim de fazer bem minha primeira Comunhão”. Preparado assim com o maior cuidado, sua primeira Comu­nhão como as que lhe seguiram foi em tudo frutuosa e edificante. Por sua vez, Deus o recompensa: nas provas finais dos cursos e nas distribuições dos prêmios, ele colhia sempre copiosos louros, porém acanhado e modesto, ao ponto de, felicitado, confessar que não desejaria ser constantemente o pri­meiro e vexar-lhe o estar superior aos outros. Ou porque o desenvolvimento precoce do espírito lhe consumisse rápido as forças do corpo ou porque o fruto dessa curta vida tão pura valesse para colheita celeste e de longos anos cheios de boas obras, Paulo en­fermou gravemente, e a moléstia foi como um lento e doce voo para o céu; às visitas e cartas dos condiscípulos que faziam votos e preces para sua cura, respondia enviando-lhes finas imagens ou cabazes de frutas es­colhidas; aos mestres agradecia os cuidados e proteção que lhe haviam dispensado; re­comendava a sua mãe que bordasse dois frontais, um para a grande capela do colégio em que fizera sua primeira Comunhão, outro para a capela da Congregação; aos pais, a quem votava um amor extremoso, confor­tava, falando-lhes na felicidade do céu, onde iria rogar a Deus por eles. Chegada a hora de se lhe ministrarem os últimos sacramentos, dispôs ele mesmo a ornamentação do apo­sento, e fez colocar na parede, sobre o leito, as lembranças de sua primeira Comunhão; recebendo em seu peito a Jesus Sacramen­tado, expirou suavemente num sorriso ine­fável que lhe imprimiu às feições a serenidade e beleza de um anjo que houvesse des­cido à terra. 


Mês do Sagrado Coração de Jesus. Mons. Dr. José Basílio Pereira. Editora Mensageiro da Fé. Fortaleza. 1962. Fonte.    
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Pedido

"Aproveitemos o tempo para santificação nossa e dos nossos parentes e amigos. Solicitem orações, que estaremos rezando juntos, em união de orações aos Sagrados Corações."