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"Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois vós entre as mulheres, e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora da nossa morte. Amém."

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segunda-feira, 3 de junho de 2013

Mês do Sagrado Coração de Jesus – DIA 3




 

MÊS DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

(7 anos e 7 quarentenas de indulgência cada dia e uma in­dulgência plenária no fim.)

ORDEM DO EXERCÍCIO COTIDIANO


Invocação do Espírito Santo

Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fieis e acendei neles o fogo do vosso amor.

V. — Enviai o vosso Espírito e tudo será criado.
R. — E renovareis a face da terra.

ORAÇÃO
Deus, que esclarecestes os corações de vossos fieis com as luzes do Espírito Santo, concedei-nos, por esse mesmo Espírito, co­nhecer e amar o bem e gozar sempre de suas divinas consolações. Por Jesus Cristo Nosso Senhor. Amém.

Oração preparatória
(100 dias de indulgência — Leão XIII, indulto de 10 de dezembro de 1885).
 
Senhor Jesus Cristo, unindo-me à di­vina intenção com que na terra pelo vosso Coração Sacratíssimo rendestes louvores a Deus e ainda agora os rendeis de contínuo e em todo o mundo no Santíssimo Sacramento da Eucaristia até a consumação dos sé­culos, eu vos ofereço por este dia inteiro, sem exceção de um instante, à imitação do Sagrado Coração da Bem aventurada Maria sempre Virgem Imaculada, todas as minhas intenções e pensamentos, todos os meus afe­tos e desejos, todas as minhas obras e pa­lavras. Amém.

Lê-se a intenção própria do dia, recitando em sua con­formidade um Pai Nosso, Ave Maria e Glória, e a jaculatória: Coração de Jesus, que tanto nos amais, fazei que vos amemos cada dia mais.

Em seguida, a Meditação correspondente ao dia e, depois, a Ladainha do Sagrado Coração.


 
LADAINHA DO SAGRADO CORAÇÃO
 Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.
Deus Pai dos céus, tende piedade de nós.
Deus Filho, Redentor do mundo, tende pie­dade de nós.
Deus Espírito Santo, tende piedade de nós.
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, Filho do Pai Eterno, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, formado pelo Espirito Santo no seio da Virgem Mãe, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, unido substancialmente ao Verbo de Deus, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, de majestade infinita, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, templo santo de Deus, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, tabernáculo do Altíssimo, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, casa de Deus e porta do céu, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, fornalha ardente de ca­ridade, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, receptáculo de justiça e amor, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, abismo de todas as vir­tudes, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, digníssimo de todo o louvor, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, rei e centro de todos os corações, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, no qual estão todos os tesouros da sabedoria e ciência, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, no qual habita toda a ple­nitude da divindade, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, no qual o Pai celeste põe as suas complacências, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, de cuja plenitude nós todos participamos, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, desejo das colinas eternas, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, paciente e misericordioso, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, rico para todos os que vos invocam, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, fonte de vida e santidade, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, propiciação para os nossos pecados, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, saturado de opróbios, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, atribulado por causa de nossos crimes, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, feito obediente até a morte, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, atravessado pela lança, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, fonte de toda a conso­lação, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, nossa vida e ressurreição, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, nossa paz e reconciliação, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, vítima dos pecadores, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, salvação dos que em vós esperam, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, esperança dos que em vós expiram, tende piedade de nós.
Coração de Jesus, delícia de todos os Santos, tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós.

V. — Jesus, manso e humilde de coração,
R. — Fazei o nosso coração semelhante ao vosso.

ORAÇÃO
Onipotente e sempiterno Deus, olhai para o Coração de vosso diletíssimo Filho e para os louvores e satisfações que ele vos tributa em nome dos pecadores, e àqueles que invocam vossa misericórdia, concedei benigno o perdão, em nome do mesmo Jesus Cristo, vosso Filho, que convosco vive e reina juntamente com o Espírito Santo por todos os séculos dos séculos. Amém.

Para concluir, a seguinte fórmula de consagração 
 
Recebei, Senhor, minha liberdade in­teira. Aceitai a memória, a inteligência e a vontade do vosso servo. Tudo o que tenho ou possuo, vós mo concedestes, e eu vo-lo restituo e entrego inteiramente à vossa von­tade para que o empregueis. Dai-me só vosso amor e vossa graça, e serei bastante rico e nada mais vos solicitarei.

(300 dias de indulgência. Leão XIII, Decreto de 28 de maio de 1887).

Doce Coração de Jesus, sede meu amor.
(300 dias — Pio IX).

Doce Coração de Maria, sede a minha salvação.
(300 dias — Pio IX).
 

 TERCEIRO DIA


Oremos por aquelas pessoas a quem Deus reserva no presente dia alguma dolorosa provação. Pai Nosso, Ave Maria, Glória e a jaculatória: “Coração de Jesus, que tanto nos amais, fazei que vos amemos cada dia mais”.

Jesus e a pobre viúva de Naim que chorava seu filho

Afigura-se-vos, na vossa primeira ida­de, que nunca sofrereis grandes dores… Mas ai! também vos chegarão essas penas, que dilaceram o coração arrancando-lhe tudo o que ele ama. Lembrai-vos então que há sobre a terra um Deus previdente, que vê todas as dores: Jesus, —é quem vos conso­lará. É principalmente na comunhão que ele nos diz: “Não choreis… eu vos conduzirei aonde estão aqueles que amais; vinde, não me deixeis”.—Dai-me, meu Deus, o amor da Eucaristia !.é aí que se acha a conso­lação e a paz… sei que aí não me enga­nam… aí ouço, confortado, essas palavras: “Não chores”.

“Irei diligente fazer a minha visita ao SS. Sacramento”.

EXEMPLO

“Hás de ter sabido o que sucedeu, ultimamente, ao nosso Júlio, escrevia de Bretanha, em 1883, uma boa mãe cristã a outra sua amiga. Ele comandava o “Alceste”, navio à vela, e já avariado; tinha sob suas or­dens cerca de 500 homens. Voltando para Brest, foi sur­preendido por quatro tempestades terríveis, redemoinhos e vagas de 30 pés de altura que cercavam o navio. Uma rajada de vento despedaçou-lhe a vela grande; outra levou-lhe suas três chalupas; e assim é que chegou à baía dos Mortos, que tem esse nome pelos muitos si­nistros que nela ocorrem. Foi-lhe preciso passar o Goulet para entrar na enseada; e sabes quanto ele é estreito e perigoso. Junte-se a isto um mar medonho, um vento assustador, e noite escura, sem haver piloto e estando ocultos os faróis pela altura das vagas; mas o nosso bom Júlio tinha feito pregar na popa de seu navio uma imagem do Sagrado Coração e, cheio de confiança nessa proteção, prometeu uma missa em ação de graças, se che­gasse ao porto de salvamento com toda a equipagem; e assim aconteceu. Imagina o que minha pobre Cecília passou, mas ouve também o que me escreve: “Tive ontem um desses momentos de felicidades que fazem es­quecer todos os sofrimentos passados. Dizia-se a missa, em ação de graças, em S. Luís: e Júlio, de uniforme, tinha ao pé o seu segundo oficial, protestante conver­tido pelo prodígio que viu; depois todos os oficiais, acompanhados de suas mulheres e parentes: e atrás deles a equipagem, todos perfilados militarmente e numa atitude respeitosa. Foi um ato de fé público, que muito me comoveu e deixou em todos ótima impressão”. 

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CONSAGRAÇÃO AO CORAÇÃO DE JESUS


Sim, Jesus, eu vos prometo recitar, to­dos os dias, uma oração ao vosso Sagrado Coração; prometo-vos venerar as piedosas imagens que o representarem à minha devo­ção; prometo-vos espalhar o conhecimento desta devoção e propagá-la.

Sede a minha fortaleza, a minha ale­gria, a minha felicidade!

“Farei um ato de consagração ao Coração de Jesus”.

Ao Coração adorável de Jesus dou e consagro o meu corpo e a minha alma, a mi­nha vida, os meus pensamentos, palavras, ações, dores e sofrimentos. Não me torna­rei a servir de parte alguma do meu ser, que não seja para o amar, honrar e glorificar.

Tomo-vos, pois, ó divino Coração, por objeto do meu amor, protetor da minha vida, âncora da minha salvação, remédio das minhas inconstâncias, reparador dos meus defeitos, e seguro asilo na hora da morte.

Ó Coração cheio de bondade, sede a minha justificação para com Deus, e apartai de mim a sua justa cólera.

Ponho em vós toda a minha confiança, porquanto receio tudo de minha fraqueza, como tudo espero de vossa bondade. Ani­quilai em mim tudo o que vos possa desa­gradar e resistir; imprimi-vos em meu coração, como um selo sagrado, para que jamais me possa esquecer de vós, e de vós ser se­parado. Isto vos peço por vossa infinita bon­dade: que o meu nome se inscreva em vós, que sois o livro da vida, e que façais de mim uma vítima consagrada inteiramente à vossa glória; que desde este momento seja eu abrasado e um dia inteiramente consumido pelas chamas do vosso amor; nisto consiste a minha dita, não tendo outra ambição se­não a de morrer em vós e por vós.

Assim seja.


DIA 3

“Vim trazer fogo à terra, e que hei de querer senão que lavre?” Estas palavras, que se leem no Evangelho, significam o fim para que o Filho de Deus se encarnou e o de­sejo que arde em seu Coração de que o fogo do amor divino e do zelo da salvação das almas inflame todo o mundo. Assim tam­bém as entendeu, tomando-se por luz e norma de sua vida Santa Teresa de Jesus, a quem, pela beleza e sublimidade de seus es­critos, na Igreja e no século se chama “a Doutora da vida mística”. Numa revelação deste sentir e da sua futura vocação. Teresa de Ávila, aos sete anos de idade, acompa­nhada de um irmão de onze anos, saiu fur­tivamente de casa, e a passos apressados ca­minhou para fora da cidade; na estrada en­contraram um tio que, surpreendido de vê-los sozinhos tão longe de sua morada, perguntou-lhes aonde iam, e a menina respondeu com toda a candura que iam para a África, a pregar aos mouros o Evangelho.

Reconduzidos chorosos ao lar, pen­saram os dois em se fazerem monges e cons­truir uma ermida no mais retirado canto de seu jardim, para o que foram conduzindo e assentando pedras, que, por um instante em equilíbrio, logo vinham abaixo, com grande pesar dos pequenos operários que desanima­ram de acabar a obra. Teresa, porém, não desistiu do seu intento de servir a Deus num claustro, e, na flor da mocidade, renunciando às grandezas e aos prazeres do mundo que sua condição e riqueza lhe ofereciam atra­entes, professou num convento de Carmelitas. Depois de uma luta dolorosa de longos anos com as saudades da família e o terror de não corresponder a vocação, Teresa um dia, após a Comunhão, teve de Deus o mandato de restabelecer em sua Ordem a primitiva observância da Regra, e já não houve obstá­culos e sacrifícios que a intimidassem no levar a cabo essa missão; o seu pensamento, a sua ambição foi só, desde logo, contentar plenamente o Coração de Jesus, trabalhar e sofrer por sua glória, amá-lo, mais e mais, por aqueles que o esquecem, expiar, a cada instante, pelos que o ofendem. As notícias dos sacrilégios que em países vizinhos co­metiam os huguenotes ou da corrupção de costumes em que longe viviam povos inteiros do Novo Mundo, a faziam recolher-se em pranto e entregar-se, por longo tempo, à oração, implorando a graça de se conver­terem todos eles, oferecendo-se fervorosa para “sofrer ou morrer” pela glória de Deus e salvação das almas. Nas grandes tribulações que a afligiam, o Salvador veio muitas vezes animá-la, mostrando-lhe suas chagas ou a caminhar carregando a cruz; tinha tam­bém, frequentemente, a visão de um anjo que trazia nas mãos um dardo de ouro com ponta de ferro e na sua extremidade uma chama, e que ele cravava através do seu co­ração, causando-lhe um misto de dor e de­lícia. Jesus assim a assemelhava consigo, e como que lhe dilatava o coração para mais amar e sofrer; e um dia, para a confortar na luta, lhe disse : “Espera um pouco, filha, e verás grandes coisas”. Viu-se depois o que era: Teresa fundou 32 mosteiros, que foram uma visível florescência de virtude e santificação que se estendeu pelo mundo. Ao termo dessa abençoada tarefa, a Santa ex­pirou num doce êxtase, e viu-se então uma pomba que parecia sair-lhe dos lábios entreabertos a voar para o céu. Conservava-se ainda no mosteiro das Carmelitas da Alba de Tormez o seu corpo, e em separado o co­ração que mostra a ferida feita pelo anjo, a qual o atravessa horizontalmente e divide quase por inteiro; esta relíquia exala sempre odor celeste, como o atesta o Pe. Marcel Bouix, que a tocou em 1849. A Igreja, além da festa própria a 15 de outubro, instituiu em 1726 a da Transverberação do Coração de Santa Teresa. 


Mês do Sagrado Coração de Jesus. Mons. Dr. José Basílio Pereira. Editora Mensageiro da Fé. Fortaleza. 1962. Fonte.    

Pedido

"Aproveitemos o tempo para santificação nossa e dos nossos parentes e amigos. Solicitem orações, que estaremos rezando juntos, em união de orações aos Sagrados Corações."